Entidades que representam o segmento comercial de Cuiabá e de Mato Grosso estão se manifestando por meio de notas e comunicados, deixando bem claro à sociedade que antes de qualquer coisa são favoráveis à democracia.
A Câmara dos Dirigentes Lojistas de Cuiabá (CDL), por exemplo, frisa que tem propósito “Tornar Cuiabá o melhor lugar para empreender e morar”. “Dentro da nossa missão, que é a de representar e defender os legítimos interesses do meio empresarial e prestar serviços que promovam o desenvolvimento de pessoas e negócios e por isso respeitamos a individualidade e o direito de cada cidadão em manifestar-se de forma civilizada, contra aquilo que não concorda e até mesmo fechar seu estabelecimento, assumindo a responsabilidade por seus atos”.
A CDL Cuiabá pontua ainda que respeita também o direito de quem não queira se manifestar, mantendo sua empresa em funcionamento. “Entendemos que a liberdade e autonomia pertencem a cada empresário e que cada decisão deve ser respeitada. A Entidade estará sempre ao lado e em defesa dos legítimos interesses dos nossos associados, buscando o equilíbrio e a sustentabilidade dos negócios nos pilares econômico, social e ambiental, sempre respeitando à Constituição Federal e ao Estado Democrático de Direito”.
Também após reuniões internas, junto aos associados, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) se reuniu, por videoconferência, com os presidentes das Associações Comerciais dos municípios. A reunião teve o objetivo de discutir a situação de cada cidade quanto às manifestações, o abastecimento de mercadorias e o funcionamento do comércio local. No geral, os presentes defenderam empresas abertas e a economia em andamento.
“As Associações Comerciais são apolíticas e representam os empresários nos municípios. Estamos preocupados em manter o comércio aberto e abastecido para as datas comemorativas que se aproximam, como Black Friday e festas de fim de ano, afinal, é o comércio quem fornece alimentos e insumos para a população”, explicou Jonas Alves.
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Durante a reunião, ele reforçou que as Associações Comerciais, representadas pela Facmat, que congrega mais de 18 mil empresas em todo o Estado, defendem a liberdade, a democracia e a garantia dos direitos individuais e coletivos dispostos na Constituição Federal.
“A manifestação de cada pessoa é individual, contudo, a Associação Comercial não pode ser exposta. Nós somos passageiros, mas as entidades são perenes”, completou o presidente da Facmat, ao reforçar a importância de manter o funcionamento do comércio, a manutenção dos empregos e da renda e a sustentabilidade das empresas.
APROSOJA – Ainda contextualizando as manifestações que tomam conta do País há mais de uma semana, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), emitiu nota deixando bem claro que nenhum dos nomes cotados para representar o setor no governo Lula, têm aprovação dos associados. Na nota a entidade afirma que “os produtores rejeitam Fávaro, Geller e Augustin. A classe não admite que eles sejam os interlocutores do setor em Brasília”.
Conforme o texto, os produtores de soja e milho de Mato Grosso decidiram, por unanimidade, que os nomes do senador Carlos Fávaro, do deputado federal cassado Neri Geller e do empresário Carlos Augustin, não têm legitimidade para representar o setor como interlocutor em Brasília.
A decisão ocorreu no âmbito da Assembleia Geral de associados da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), conforme a nota.
Para os produtores, embora cada um tenha a prerrogativa de tomar suas próprias decisões, isto traz consequências. “Ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Favaro, Neri Geller, e Carlos Augustin, entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora.”
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