Em um cenário de variáveis econômicas como inflação, juros e endividamento crescente, as famílias brasileiras enfrentam um novo recorde de inadimplência. Dados de agosto de 2025 da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) apontam que 78,8% das famílias estão endividadas.
O número, que continua avançando, reflete principalmente a alta dos juros e o aumento no comprometimento da renda com dívidas.
“A crescente inadimplência e o aumento das dívidas em atraso indicam um cenário desafiador para os consumidores. As famílias estão cada vez mais comprometendo sua renda com dívidas de curto prazo, o que agrava ainda mais a situação financeira”, comenta Rodrigo Mandaliti, presidente do IGEOC (Instituto Gestão de Excelência Operacional em Cobrança).
A maioria dessas dívidas, cerca de 84,5%, tem origem no cartão de crédito. “Embora seja uma ferramenta prática para o dia a dia, o uso sem planejamento gera uma bola de neve de dívidas”, explica Mandaliti.
O cartão de crédito, muitas vezes visto como uma extensão da renda, oferece uma sensação de poder de compra maior, mas ignora o peso das faturas, que acabam comprometendo a saúde financeira.
Mandaliti reforça: “É fundamental que os consumidores entendam seus limites e busquem organizar as contas antes de recorrer ao crédito. O descontrole hoje pode resultar em inadimplência amanhã”.
Além disso, com o 13º salário se aproximando, é fundamental que as famílias incluam essa renda extra no planejamento financeiro. Uma sugestão é usar parte do 13º para quitar dívidas mais urgentes, especialmente no cartão de crédito, antes que os juros adicionais aumentem ainda mais o comprometimento da renda.
A recomendação do especialista é que as famílias priorizem o pagamento das dívidas mais urgentes e criem estratégias de planejamento, evitando que o cartão de crédito se transforme em uma fonte contínua de problemas, o benefício do 13º pode ajudar a aliviar as finanças e evitar o agravamento da situação financeira no próximo ano.
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