A Fretebras, maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina, analisou mais de 3 milhões de fretes publicados em sua plataforma, entre janeiro e abril de 2022, para identificar as rotas mais vantajosas em todo o Brasil.
Entre vários pontos destacados pelo País, rota com origem em Mato Grosso teria como menor preço ao caminhoneiro pelo frete, a cada 100 quilômetros rodados: cerca de R$ 443. O valor apurado seria específico para a categoria ‘semi-pesados’. Para esses modelos de caminhões, a rota Mato Grosso é uma das menos remuneradoras entre as citadas no estudo.
Os constantes aumentos do diesel têm impactado diretamente os caminhoneiros do Brasil e levaram à necessidade do estudo. O mês já abriu com alta sobre a matriz, em mais um anúncio da Petrobras: 8,87%, que faz culminar numa alta acumulada de 47% somente em 2022.
Os dados apontam que para os motoristas que trabalham com veículos leves, o melhor preço de frete seria com origem em Alagoas, já que poderiam receber, em média, R$ 266 a cada 100 quilômetros rodados. Se o transporte for feito em caminhões semi-pesados, a rota mais vantajosa é partindo de Tocantins, onde o frete seria de R$ 451 a cada 100 km. Já para os veículos pesados, o melhor preço seria no Amazonas, com o pagamento de R$ 643 a cada 100 km. Entretanto, para os cargueiros maiores, os fretes com origem no Maranhão são uma melhor oportunidade, já que o estado nordestino tem um volume de cargas maior e o preço médio é parecido com o do Norte (R$ 618 a cada 100 km).
Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras, destacou que “os motoristas que fazem o cálculo do custo do frete, buscando o máximo de informações antes de aceitar uma carga, e que conseguem negociar com as transportadoras a partir desse custo, naturalmente acabam tendo um rendimento bem melhor”.
ROTAS COM MAIOR VOLUME – A Fretebras também analisou as rotas com mais demanda, levando em consideração àquelas que tinham, pelo menos, 100 mil fretes publicados entre janeiro e abril. O destaque fica para o estado de São Paulo, que registrou mais de 640 mil fretes no período, seguido por Minas Gerais, com 535 mil. Também se destacam os transportes de cargas originados do Paraná (330 mil), Goiás (236 mil), Rio Grande do Sul (233 mil), Mato Grosso (185 mil), Santa Catarina (160 mil) e Bahia (139 mil).
O estudo ainda levantou os tipos de produtos mais transportados, levando em consideração três grandes setores da economia brasileira. No agronegócio, os destaques ficaram para os fertilizantes, soja e milho. No setor da construção civil, estão o cimento, telha e pisos. Já entre os produtos industrializados: alimentícios, máquinas e equipamentos e siderúrgicos.