Mesmo com o movimento de alta registrado pelo MT Econômico na semana passada, fevereiro abriu com preços de bomba ‘antigos’ para o litro do etanol hidratado e da gasolina, em postos revendedores localizados em Cuiabá e Várzea Grande.
No último dia 22, a Petrobras anunciou alta sobre o valor do litro da gasolina às distribuidoras, que passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, aumento de R$ 0,23 por litro. Esse movimento não apenas alterou os preços do derivado do petróleo ao consumidor, como em alguns casos superou o percentual efetivado pela Estatal, bem como, alterou valores ao litro do etanol. Em razão disso, revendas elevaram o valor do biocombustível para até R$ 3,55 e da gasolina para até R$ 5,17. No entanto, uma acomodação do próprio mercado revendedor trouxe os valores para patamares ‘antigos’, como é possível observar na região do Porto, na Capital, e ainda em vários pontos de Várzea Grande, como as avenidas da FEB, Generoso Ponce de Arruda e Arthur Bernardes. O litro do etanol segue sendo comercializado entre R$ 3,15 a R$ 3,19 e a gasolina pode ser encontrada a R$ 4,77 a R$ 4,99.
Chama à atenção que alguns estabelecimentos que aumentaram o preço do litro ao consumidor no final da semana passada – tanto os bandeirados quanto os de bandeira branca – recuaram e voltaram aos ‘preços antigos’ ou corrigiram o preço da gasolina de acordo com o repasse da Estatal, e assim, mantiveram o valor de bomba ainda abaixo de R$ 5.
Conforme atualização semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço do etanol caiu em 22 Estados e no Distrito Federal na semana encerrada no último dia 28.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 1,82% na semana em relação à anterior, de R$ 3,85 para R$ 3,78 o litro. Mesmo com elevação na bomba, Mato Grosso registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 4,29%, de R$ 3,50 para R$ 3,35.
O menor preço médio estadual, de R$ 3,35, também foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,24 o litro.
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Já em outros três Estados os preços subiram. No Rio Grande do Sul os preços ficaram inalterados no período (R$ 4,75 o litro). Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 1,86% na semana, de R$ 3,76 para R$ 3,69. Alagoas foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 0,76%, de R$ 3,94 para R$ 3,97 o litro.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,06 o litro, em São Paulo, e o maior preço estadual, de R$ 6,57, foi registrado no Rio Grande do Sul.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 0,79%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Ceará, com 12,62% de aumento no período, de R$ 4,04 para R$ 4,55 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Mato Grosso (-6,69%), de R$ 3,59 para R$ 3,35. No Amapá não houve apuração no mês anterior.
VANTAGEM – O etanol não era competitivo em relação à gasolina em nenhum dos 26 Estados ou no Distrito Federal, na semana passada, encerrada no sábado, 28. Conforme levantamento da ANP,na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 76,06% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo.
Considerando as médias de preços para Mato Grosso ao etanol (R$ 3,35) e à gasolina (R$ 4,89), há competitividade em favor do biocombustível, já que ele encerrou a semana representando 68% do valor da gasolina.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.