O litro do etanol hidratado está mais caro nos postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande. O valor em até R$ 4,19 é o maior já registrado nas duas cidades e pegou motoristas de surpresa. Essa é a segunda alta de 2025.
Conforme monitoramento do MT Econômico, a alta teve início na quinta-feira em revendas de Cuiabá. Ontem, sexta-feira (24), já tinha passado pro outro lado de ponte e o novo valor amanheceu fixado por toda a parte. O que chama à atenção é que apesar de o segmento afirmar que as empresas tem suas próprias planilhas de custos, o que faz com que o preços de bomba seja uma representação das despesas de cada um, na prática, esse aumento evidenciou o contrário: a maioria, em Várzea Grande, fixou o litro do etanol a R$ 4,17. Poucos têm o biocombustível a R$ 4,19.
Já na Capital, a realidade é outra, onde se encontram mais valores a R$ 4,19.
Na ponta do lápis, a alta adicionou cerca de R$ 0,32 a mais por litro, considerando a média anterior de R$ 3,85 e a atual em R$ 4,17. Em percentual a variação é de 8,83%.
Nos postos, a reclamação foi grande. “A gente fica refém. No caso do etanol, não sabemos quando aumenta, quando abaixa, é sempre uma surpresa e na maioria desagradável. O que deixa um sabor de revolta é esse aumento vir justamente na reta final do mês, depois de gastos de final de ano, materiais escolares, matrículas. Fica difícil”, pontuou a professora Ana Beatriz Lima.
Junto dela, estava a irmã, Luiza Lima Rodrigues, que mora no interior e não entende os preços do etanol em Mato Grosso. “Moro em Sorriso, maior produtor de soja e milho do país. O etanol de milho tem origem nas fazendas que são fundos de casa e lá em Sorriso o etanol é mais caro ainda. Estava fora do estado e nem sei quanto deve estar custando agora. É inteligível essa situação aqui. O governo do Estado diz que temos o menor ICMS ao etanol do Brasil, temos a matéria-prima aqui, seja cana ou milho, temos as usinas aqui e por que pagamos assim tão caro?”, questiona a enfermeira em tom de revolta.
O gerente do posto, na região do Zero Quilômetro, em Várzea Grande, disse que sempre que a empresa recebe reajuste por parte da distribuidora, repassa a alta. “E como se fosse um efeito cascata. Usina, distribuidora, posto e consumidor”.
A alta do etanol trouxe à reboque elevação sobre o preço da gasolina, mesmo sem qualquer anúncio da Petrobras. Onde o etanol passou a R$ 4,17, o derivado de petróleo foi a R$ 6,17. Em revendas com o biocombustível a R$ 4,19, a gasolina foi para R$ 6,19.
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