Em mais uma surpresa negativa, motoristas e consumidores de Cuiabá de Várzea Grande se depararam neste início de semana com nova alta sobre os preços de bomba do litro do etanol hidratado. O biocombustível está sendo comercializado por cerca de R$ 3,57, valor mais comum encontrado neste momento nas revendas.
Esse comportamento chama à atenção porque a alta é registrada justamente no começo de abril, quando tem início a moagem da safra de cana em todo o estado. Algumas unidades retomam os trabalhos ainda em março, porém, a maioria tem abril como marco anual de safra. Esse movimento de alta é esperado durante o primeiro trimestre do ano.
Enquanto os preços tiveram quedas entre fevereiro e março, agora a alta – mais uma feita entre a virada do mês até ontem – fez os preços saírem da casa dos R$ 2,89 para ir a R$ 3,27/3,29 para R$ 3,37/3,39 e chegar aos atuais R$ 3,57. Considerando o período de fevereiro até este início de abril, a majoração de R$ 0,68, em média, ou de cerca de 23,5%.
O movimento parece ser isolado, pois na maior parte dos postos revendedores, não houve alteração nos preços da gasolina, que apesar de serem regulados pela Petrobras, sofrem ajustes constantes nas bombas.
MARÇO – Dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) apontaram que na região Centro-Oeste o preço médio do litro da gasolina fechou março a R$ 5,97, com redução de 0,17%, ante a primeira quinzena do mês. O etanol foi encontrado a R$ 3,62, menor média do país, com recuo de 0,28%. O preço do diesel comum foi comercializado a R$ 6,04, após aumentar 0,17%. Já o S-10 fechou o mês a R$ 6,18, com recuo de 0,16%.
“O aumento no preço dos combustíveis registrado nos Estados no Centro-Oeste no período foi pequeno. Houve uma tendência mais acentuada de redução e recuo. O Mato Grosso se destacou com o preço médio mais baixo de todo o país para o etanol, comercializado a média de R$ 3,47. O biocombustível, quando comparado à gasolina, foi considerado mais vantajoso para abastecimento em toda a região, além de ser ecologicamente mais viável por contribuir para uma mobilidade de baixo carbono”, explica Douglas Pina, Diretor-Geral de Mobilidade da Edenred Brasil