Usar etanol no tanque dos veículos está cada vez mais vantajoso no Brasil. O último dado da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) mostra que a relação ante à gasolina está em 62,9%, dando vantagem ao biocombustível.
Nos seis Estados de maior consumo (GO, MT, MS, MG, PR e SP), que representam 85% do mercado, a paridade de preços é inferior a 65% há quase dois meses. Em algumas regiões, o etanol é mais vantajoso que a gasolina desde maio deste ano.
Mato Grosso é o estado onde a vantagem ao hidratado tem melhor relação. Conforme dados da ANP, na semana monitorada entre os dias 5 a 11 deste mês, o valor médio de bomba para o etanol no estado foi de R$ 3,24, o menor do Brasil, mais uma vez. Já a gasolina registrou média de R$ 5,68 por litro. Diante desses valores, o etanol representa 57% do preço da gasolina.
“O preço do etanol hidratado na bomba está altamente atrativo nos principais mercados do País há mais de três meses. Olhando para o histórico do consumo, quando a paridade chega a esse patamar, os consumidores aumentam a procura pelo etanol“, afirma Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica).
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O etanol passa a ser mais vantajoso economicamente a partir de uma relação de 70%, mas é importante destacar que esse percentual varia de acordo com o modelo do carro, o perfil do motorista e as condições do percurso. De acordo com os dados do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV/INMETRO), a depender do veículo, a decisão de escolha pelo biocombustível pode se dar a partir de uma relação de preço de até 75%.
Os últimos dados da ANP mostram que o preço médio nacional da gasolina comum nos postos do país foi de R$ 5,63 por litro. Já o do etanol hidratado, utilizado diretamente no tanque, foi de R$ 3,54 por litro. Segundo os dados da ANP, o consumidor economiza ao abastecer com etanol em 10 Estados do Brasil.
Diferente de outros anos, quando apenas o preço direcionava o comportamento do consumidor, a preocupação ambiental tem pesado cada vez mais na hora de abastecer. Um motor flex, abastecido 100% com etanol, emite 70% menos CO2 do que um que movido a gasolina C com 27% de etanol anidro.