Em um intervalo de cerca de uma semana, motoristas e consumidores de Cuiabá de Várzea Grande estão se deparando com nova alta sobre os preços de bomba do litro do etanol hidratado. O biocombustível está sendo comercializado por cerca de R$ 3,57, valor mais comum encontrado neste momento nas revendas.
A alta, de média de R$ 0,10, estabelece novo preço médio de bomba, agora na casa dos R$ 3,67. E assim como na semana passada, e registrado aqui pelo MT Econômico, esse novo movimento de alta se dá justamente de forma sequencial e no mês de abril, quando tem início a moagem da safra de cana em todo o estado. Algumas unidades retomam os trabalhos ainda em março, porém, a maioria tem abril como marco anual de safra. Esse movimento de alta é esperado durante o primeiro trimestre do ano.
NA CONTRAMÃO – Os preços dos combustíveis seguem tendência de alta neste início de abril. É o que revela a última análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), levantamento que consolida o comportamento de preços das transações nos postos de combustível, trazendo uma média precisa. O valor médio nacional do litro do etanol foi encontrado a R$ 3,87 no fechamento da primeira quinzena de abril, com aumento de 3,20%, ante março. Já a gasolina foi comercializada a média de R$ 5,93, após acréscimo de 0,34%.
“Neste início de mês, o IPTL identificou um aumento representativo no preço do etanol, o que não acontecia desde fevereiro. Essa escalada nas bombas tem reflexos da forte demanda e crescimento nas vendas do biocombustível no mercado. Apesar de também ter aumento, a gasolina ainda segue patamares estáveis”, destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
No consolidado regional, também foi identificado aumento para o etanol e apenas na região Sul a gasolina apresentou estabilidade no preço. Nas demais regiões o combustível ficou mais caro. O destaque do período foi para o Centro-Oeste, que registrou os maiores aumentos para os dois combustíveis, sendo 4,14%, em relação ao mês anterior, para o etanol, mesmo comercializando a média mais baixa entre as demais, de R$ 3,77, e de 0,84% para a gasolina, que fechou a R$ 6,02. Assim como no mês anterior, os postos do Sudeste se destacaram com a gasolina mais barata do País, vendida a R$ 5,81.
Já entre os estados, o aumento nos preços dos combustíveis também foi significativo. Apenas Rondônia e o Rio Grande do Sul registraram redução de 0,64% e 0,46%, respectivamente, no preço do etanol. No Acre e no Amapá, o combustível ficou estável e nos demais estados e no Distrito Federal houve altas de 0,20% a 8,28%, como é o caso do Rio Grande do Norte, liderando a maior alta de todo o território nacional, onde o litro foi encontrado a R$ 4,71.
A gasolina ficou mais barata, ante março, apenas na Bahia (-0,17%), no Ceará (-1,12%), Sergipe (-0,16%), Rio Grande do Sul (-0,35%), Acre (-0,15%), Amapá (-1,21) e Rondônia (-1,24%). O combustível ficou mais caro em todo o Sudeste e Centro-Oeste. O etanol mais oneroso do País foi encontrado nas bombas de abastecimento de Roraima, a R$ 5,02 e o mais barato nas do Mato Grosso, a R$ 3,56. Já a gasolina mais cara foi registrada nos postos do Acre, a R$ 6,76 e a mais barata no Rio Grande do Sul, a R$ 5,73.
“Como resultado desse aumento significativo no preço do etanol, o combustível caiu em vantagem competitiva e foi considerado economicamente mais vantajoso para abastecimento em 20 federações e não mais em 24 como registrado em março. Mesmo com esse cenário, destaco a importância da preferência pelo uso do biocombustível, que além de continuar mais viável em alguns lugares, contribui para uma mobilidade de baixo carbono”, finaliza Pina.