A possibilidade de novos investimentos da China em Mato Grosso e no Brasil devem atrair trabalhadores daquele país às terras mato-grossenses e brasileira. Entre os investimentos está a Ferrovia Transoceânica. O estado de Mato Grosso será o representante brasileiro em reunião com sindicatos de construtoras chinesas, que irá discutir a situação de trabalhadores chineses que virão ao Brasil com o possível aumento de investimentos da China no mercado da construção civil nacional, nos próximos anos. Além da ferrovia, novos investimentos no estado e território brasileiro podem ser anunciados nesta reunião, que será realizada na África do Sul, nos dias 30 de novembro e 01 de dezembro.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de Cuiabá e Municípios (SINTRAICCCM), Joaquim Santana, foi escolhido como porta voz do Brasil na reunião. Joaquim destacou a reportagem do Agro Olhar que esta escolha se fez devido a grande participação do sindicato estadual nas reunião nacionais e internacionais. “Nós fazemos parte da organização nacional e sempre estamos presente nas reuniões, acompanhando de perto as discussões. Mês passado estivemos em uma reunião na Holanda, por exemplo”, diz o presidente do sindicato.
Joaquim ainda suspeita que os primeiros investimentos dos chineses sejam em Mato Grosso. “Uma das razões da nossa escolha como representante nacional para essa reunião é que, talvez, os investimentos dos chineses comecem em nossa região”. Ele ainda acredita que além dos investimentos da Ferrovia Transoceânica, a China ainda invista em construções leves, como a de edifícios.
O SINTRAICCCM representa cerca de 35 mil trabalhadores da construção civil em Cuiabá e na Baixada Cuiabana.
Ferrovia Transoceânica
A ferrovia Transoceânica cortará Mato Grosso de Leste a Oeste, com um terminal no município de Lucas do Rio Verde, localizada a 332 km de Cuiabá. Pelo desenho original, a Transoceânica começa no Rio de Janeiro, passa por Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre e, de lá, segue para o Peru, de onde sairão os navios para a China. Estão previstos investimentos na ordem de R$ 40 bilhões.