A guerra tarifária anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está posta em prática e afetando toda uma cadeia de negócios. Abaixo, 10 economistas analisam risco de tensão global. Sobretaxas prolongam tensões e encarecem insumos e vão afetar oferta de crédito e a gestão dos negócios.
“O mercado vê essa disputa com cautela, porque uma eventual validação das sobretaxas tende a prolongar tensões globais, encarecer insumos e pressionar cadeias de produção”, Sidney Lima, Analista da Ouro Preto Investimentos.
“A possibilidade de revisão das sobretaxas e a disputa tarifária dos Estados Unidos geram um ambiente de instabilidade que se reflete diretamente no crédito e na gestão financeira das empresas. Para os investidores, a reação natural é de cautela, já que qualquer mudança nas regras do comércio internacional impacta custos de financiamento, acesso a insumos e projeções de fluxo de caixa. O que esse cenário sinaliza é a necessidade de reforçar a resiliência organizacional: empresas que trabalham com previsibilidade, cultura sólida e capacidade de adaptação estarão mais preparadas para atravessar esse período de indefinição, sem depender apenas da decisão de um tribunal estrangeiro”, Jorge Kotz, CEO da Holding Grupo X.
“A possibilidade de revisão das tarifas na Suprema Corte americana chama atenção porque mostra como fatores externos ainda podem influenciar diretamente o ambiente de negócios. Para os investidores, o caminho é olhar além da volatilidade imediata e identificar startups que desenvolvem soluções capazes de aumentar eficiência, reduzir custos e abrir novos mercados. Esse tipo de incerteza sinaliza que a economia global precisa de inovação constante, e é nesse espaço que o venture capital encontra oportunidades para transformar empreendedores em protagonistas de crescimento e competitividade”, Antonio Patrus, Diretor da Bossa Invest.
“O mercado encara com atenção a disputa em torno da legalidade das tarifas de Trump porque ela coloca em jogo não apenas o comércio exterior, mas também a previsibilidade dos negócios globais. A expectativa é de volatilidade até a decisão da Suprema Corte, o que exige dos investidores leitura estratégica: não se trata de reagir ao ruído imediato, mas de avaliar tendências de longo prazo. Esse tipo de incerteza sinaliza que a economia mundial continua marcada por choques políticos e jurídicos, o que reforça a importância de diversificação. Startups e empresas inovadoras seguem recebendo atenção porque são justamente elas que oferecem novas alternativas para aumentar competitividade e reduzir dependência de fatores externos”, João Kepler, CEO da Equity Group.
“A disputa tarifária nos EUA abriu um novo capítulo com a Suprema Corte. O mercado reage com cautela: investidores sabem que uma revisão das sobretaxas pode mudar fluxos comerciais relevantes, mas a indefinição jurídica aumenta a volatilidade. Essa incerteza sinaliza que, mesmo em economias maduras, decisões de governo podem alterar o equilíbrio global e exigir ajustes rápidos nas estratégias de negócios”, Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
“A expectativa do mercado em relação à disputa tarifária é de atenção redobrada. O investidor observa a possibilidade de revisão das sobretaxas pela Suprema Corte e entende que isso pode alterar fluxos comerciais e financeiros relevantes. A reação imediata é de volatilidade, mas é importante diferenciar o curto prazo do médio e longo prazo. O que essa incerteza sinaliza é que o cenário global continua sujeito a choques externos, mas isso não elimina a atratividade estrutural de países como o Brasil, que segue oferecendo oportunidades em setores estratégicos. O investidor deve avaliar riscos momentâneos sem perder de vista as tendências de crescimento que permanecem no horizonte”, Pedro Ros, CEO da Referência Capital.
“A disputa tarifária nos Estados Unidos abre um período de incerteza que mexe com todos os mercados. Enquanto a Suprema Corte não decide, os investidores ficam mais cautelosos, fortalecendo o dólar e encarecendo o custo de capital em países emergentes como o Brasil. O impacto direto nas nossas exportações é limitado, mas o reflexo vem pelo preço das commodities e pela demanda global. Se a economia americana ou a chinesa desacelerarem por causa da guerra tarifária, o Brasil pode sentir em produtos como soja, minério e petróleo, que são a base do nosso superávit comercial. Por isso, os investidores aqui tendem a buscar posições mais defensivas e proteção cambial até que o cenário se defina. Essa indefinição mostra que a economia global seguirá mais volátil e que o Brasil precisa estar preparado para oscilações externas que não controla”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike.
“A disputa tarifária nos EUA é um sinal claro da instabilidade geopolítica e da necessidade de diversificação internacional. Enquanto o governo Trump tenta manter tarifas que afetam diretamente o Brasil, investidores que operam com ETFs globais e estratégias de opções, como o Covered Call, conseguem gerar renda em dólar mesmo em cenários de incerteza. Em vez de torcer por decisões judiciais ou políticas, o investidor inteligente usa método, proteção cambial e renda passiva para manter seu patrimônio seguro e crescente. Esse é o foco do Super ETF: liberdade com estratégia”, Fábio Murad, Economista e CEO da Super-ETF Educação.
“O mercado vê essa disputa com cautela, porque uma eventual validação das sobretaxas tende a prolongar tensões globais, encarecer insumos e pressionar cadeias de produção. Enquanto não há definição, investidores devem adotar postura defensiva, com volatilidade em moedas e bolsas emergentes, diante do risco de novas barreiras comerciais. A mensagem para a economia é clara: a indefinição jurídica sobre a legalidade das tarifas reforça a percepção de instabilidade nas regras do comércio internacional, o que reduz previsibilidade para empresas e pode comprometer decisões de investimento no curto prazo”, Sidney Lima, Analista da Ouro Preto Investimentos.
“A tensão em torno das tarifas americanas gera impacto não só no comércio exterior, mas também no funcionamento do mercado de crédito. Quando há incerteza sobre regras globais, investidores reavaliam prazos, spreads e garantias, o que muda a forma de estruturar operações. Para quem aplica, o caminho é observar como ativos alternativos podem equilibrar risco e retorno em um ambiente de juros elevados. O recado para a economia é claro: ciclos políticos externos reforçam a importância de um mercado de capitais profundo e diversificado, capaz de financiar empresas sem depender apenas das condições internacionais”, Pedro Da Matta, CEO da Audax Capital.
“O embate em torno das tarifas mostra como decisões de política comercial têm efeito imediato no caixa das empresas. Investidores percebem que, em momentos como esse, instrumentos de crédito estruturado, como os FIDCs, permitem transformar recebíveis em liquidez e dar fôlego às companhias. O movimento mais provável é uma maior procura por estruturas que ofereçam lastro sólido e retornos ajustados, reduzindo a exposição direta a oscilações externas. Essa conjuntura sinaliza que a economia caminha para um modelo em que a integração entre crédito corporativo e capital de investidores se torna cada vez mais essencial”, Gustavo Assis, CEO da Asset Bank.
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