Como o Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) subiu 5,6 pontos e alcançou 95,6 pontos, janeiro teve resultado positivo na recuperação em relação a dezembro de 2016.
Dois indicadores calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para verificar tendências do mercado mostram que o índice é o maior desde maio de 2010 (98,7). O mês também apresentou recuperação em relação a dezembro de 2016, quando houve recuo de 3,1 pontos.
O Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que avalia a opinião dos consumidores sobre a situação atual do mercado de trabalho, também foi positivo no primeiro mês de 2017. O ICD recuou 1,0 ponto. A queda interrompeu a sequência de quatro altas consecutivas.
“Os resultados do Iaemp foram puxados por um retorno do otimismo na indústria quanto ao futuro e devem estar relacionados ao ciclo de redução da taxa de juros iniciado no ano passado pelo Banco Central”, explica o economista da FGV Fernando de Holanda.
Ele destaca que a queda da taxa de juros ganhou força logo no início de 2017 e que deve contribuir para acelerar a economia ao longo do ano.
A alta do Iaemp foi influenciada por indicadores que medem a expectativa para negócios nos próximos seis meses e o ímpeto de contratações nos próximos três, ambos da Sondagem da Indústria. Os índices tiveram variações de 11,1 e 10,9 pontos, respectivamente.
Em relação ao ICD, a classe do consumidor que mais contribuiu para a queda do indicador foi o grupo dos consumidores com renda mensal familiar entre R$ 4,8 mil e R$ 9,6 mil, cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) recuou 4,6 pontos.