O valor da produção agrícola do país foi de R$ 319,6 bilhões em 2017, e a soja foi responsável por 35,1% desse total. Após sete anos de crescimento, houve queda de 0,6% no valor da produção, em relação a 2016, puxada pelo milho (-12,7%), feijão (-28,8%), batata inglesa (-50,9%) e trigo (-41,9%).
A área plantada com as culturas investigadas pela PAM 2017 aumentou 2,1% em relação a 2016, e alcançou 79,0 milhões ha. O aumento da área e os ganhos de produtividade proporcionaram recordes no volume da soja e do milho, que cresceram 18,9% e 52,3%, respectivamente.
A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu 28,2% em 2017, na comparação com 2016, com um total de 238,3 milhões t. A soja representou 48,1% do total produzido nesse grupo, seguido do milho (41,0%).
O cultivo de milho esteve presente em 91,7% dos 5.570 municípios do país em 2017, seguido pela mandioca, em 82,5%, e o feijão, em 78,8%.
Sorriso (MT) teve o maior valor de produção agrícola pelo terceiro ano consecutivo, com R$ 3,3 bilhões, uma alta de 2,4% em comparação a 2016. O município teve 1,0% de participação no total do valor de produção do país.
O Sudeste concentrou R$ 91,0 bilhões, 28,5% do valor de produção agrícola nacional, com colheita, principalmente, de cana-de-açúcar, café arábica, soja, laranja e milho. São Paulo foi o estado responsável por mais da metade desse valor (R$ 53,1 bilhões), com destaque para o município de Itapeva (SP), com R$ 874,3 milhões distribuídos entre a soja (40,3%), tomate (14,5%), feijão (12,0%), milho (3,4%) e batata-inglesa (6,3%).
No Nordeste, apenas Bahia (-1,6%) e Paraíba (-16,7%) tiveram queda no valor de produção. A agricultura nordestina atingiu R$ 36,4 bilhões, em grande parte por causa da colheita de soja, cana-de-açúcar, milho, banana e algodão. A soja é destaque nessa grande região, principalmente pelo avanço agrícola nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia.
O valor de produção no Norte foi de R$ 22,6 bilhões em 2017, com destaque, além do açaí (24,5%) e da soja (21,7%), para a mandioca, o milho e a banana. Mais da metade desse total, R$ 12,8 bilhões, vieram do Pará, em particular de Igarapé-Miri (PA), que tinha no açaí 99,5% dos R$ 1,8 bilhão arrecadados pelo município.
Em 2017, o valor de produção das frutas foi 4,6% superior a 2016, com um total de R$ 38,9 bilhões, ao considerar o açaí nessa soma pela primeira vez. O destaque foi a laranja, com R$ 8,5 bilhões, uma alta de 2,0%. Essa cultura tem 77,8% da sua área colhida concentrada em São Paulo, Bahia e Minas Gerais.
A pesquisa da Produção Agrícola Municipal (PAM) 2017 traz informações em nível de municípios sobre a área plantada, a quantidade produzida e o rendimento médio de 64 produtos agrícolas. Além dos dados para 2017, as edições 2015 e 2016 da PAM foram revisadas.
Milho, feijão, batata inglesa e trigo puxam queda de 0,6% no valor da produção
O valor da produção agrícola chegou a R$ 319,6 bilhões em 2017, com destaque para a soja, responsável por 35,1% (R$ 112,2 bilhões) desse total. O resultado representou uma redução de 0,6% na comparação com 2016, após sete anos consecutivos de crescimento. Entre os produtos, as principais quedas foram no valor do milho (-12,7%), café total (-13,3%) do feijão (-28,8%), da batata inglesa (-50,9%) e do trigo (-41,9%). São Paulo, Minas Gerais, Piauí, Maranhão e Bahia responderam por 63,5% do valor da produção agrícola do país.
Em 2017, o milho era cultivado em 91,7% dos 5.570 municípios brasileiros, seguido pela mandioca, em 82,5%, e o feijão, em 78,8%.
Área plantada aumenta 2,1% e chega a 79,0 milhões ha
A área plantada foi 2,1% maior que a de 2016, e alcançou 79,0 milhões ha. A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas cresceu 28,2% em 2017, na comparação com 2016, com um total de 238,3 milhões t. A soja representou 48,1% do total produzido nesse grupo, seguido do milho (41,0%), que teve sua área aumentada em 10,4%. O arroz e o feijão também apresentaram acréscimos na produção, de 17,4% e 15,9%, respectivamente.
O aumento da área e os ganhos de produtividade proporcionaram recorde de produção de várias culturas, com destaque para a soja e o milho, que cresceram 18,9% e 52,3%, respectivamente, em 2017.
Sorriso (MT) e Sapezal (MT) são os municípios com maior valor de produção
Pelo terceiro ano consecutivo, Sorriso (MT) teve o maior valor de produção agrícola, com R$ 3,3 bilhões, uma alta de 2,4% em comparação a 2016. Esse total foi dividido basicamente entre soja (65,9%), milho (27,2%), feijão (3,4%), algodão herbáceo (2,8%) e arroz (0,4%). O município deteve 1,0% de participação no total do valor da produção do país.
Dos 1,2 milhão ha de área colhida em 2017 nessa localidade, mais da metade (51,4%) era soja, um aumento de 0,8% frente ao ano anterior. Foram colhidos 2,2 milhões t de soja, 21,8% a mais que em 2016. O milho atingiu 3,8 milhões t, 109,4% superior a 2016, porém registrou valor de produção 0,2% inferior. O feijão teve redução de 56,9% no valor e alta de 49,2% na produção, assim como o algodão herbáceo, com queda de 20,7% no valor e crescimento de 5,2% no volume.
Sapezal (MT), mesmo com queda de 6,1%, foi o segundo município em valor de produção, com um total de R$ 2,6 bilhões. Nessa localidade, foram colhidas 595,3 mil t de algodão herbáceo (em caroço), que geraram R$ 1,3 bilhão, uma alta de 15,4% frente a 2016. A soja e o milho somaram, respectivamente, R$ 952,8 milhões e R$ 323,5 milhões, uma redução de 25,9% e 8,7%, respectivamente.
Cana-de-açúcar é o principal produto em valor no Sudeste
O Sudeste concentrou R$ 91,0 bilhões, 28,5% do valor de produção agrícola nacional, com destaque para cana-de-açúcar (39,8%), café arábica (14,9%), soja (10,0%), laranja (7,4%) e milho (5,8%). São Paulo foi o estado responsável por mais da metade desse valor (R$ 53,1 bilhões), com destaque para o município de Itapeva (SP), que arrecadou R$ 874,3 milhões, em, principalmente, soja (40,3%), tomate (14,5%), feijão (12,0%), milho (3,4%) e batata-inglesa (6,3%).
O estado de São Paulo permaneceu em primeiro lugar no valor da produção, com 16,6% da participação nacional, seguido de Mato Grosso, que manteve seu percentual de 13,6%. Minas Gerais, quinto colocado na participação nacional, apresentou a queda mais acentuada no valor da produção nessa grande região, de 11,8% para 9,8% em 2017, explicada pela diminuição de 20,9% da produção de café arábica, na comparação com 2016.
Apesar da queda de 4,0%, o Sul arrecadou R$ 85,7 bilhões com a agricultura, em especial com a produção de soja, milho, arroz, fumo e mandioca. Destaque para o Paraná, com R$ 38,0 bilhões, e para o município de Tibagi (PR), com R$ 680,8 milhões, distribuídos pelo cultivo de soja (62,3%), milho (14,1%), feijão (9,0%), trigo (7,7%) e tomate (1,7%).
O Centro-Oeste foi a grande região com o terceiro valor de produção agrícola, R$ 83,9 bilhões, com Mato Grosso responsável por R$ 43,4 bilhões, principalmente pelas culturas da de soja, milho, cana-de-açúcar, algodão herbáceo e feijão.
No Nordeste, apenas Bahia e Paraíba têm queda no valor de produção
A produção agrícola nordestina atingiu R$ 36,4 bilhões, em grande parte por causa da colheita da soja, cana-de-açúcar, milho, banana e algodão. No Nordeste, apenas Bahia (-1,6%) e Paraíba (-16,7%) tiveram queda no valor de produção. A Bahia representou R$ 15,4 bilhões desse valor total, com destaque para São Desidério (BA), com R$ 2,4 bilhões, uma alta de 49,7% na comparação com 2016. Desse total do valor de produção do município, maior peso para a soja (61,1%), algodão herbáceo (28,9%), milho (6,5%), feijão (1,1%) e café arábica (1,0%). A soja é destaque nessa grande região, em particular, pelo avanço da agricultura nos estados do Maranhão, Piauí e Bahia.
Açaí é destaque no Norte, mas soja já é a segunda cultura em valor de produção
No Norte, o destaque ainda é o açaí, porém a soja já aparece na segunda colocação, principalmente pelo aumento do plantio no Tocantins e no sul do Pará. O valor de produção nessa grande região foi de R$ 22,6 bilhões em 2017, com destaque, além do açaí (24,5%) e da soja (21,7%), para a mandioca, o milho e a banana. Desse total, mais da metade, R$ 12,8 bilhões, vieram do Pará, que tem o município de Igarapé-Miri (PA) como o maior produtor de açaí do país, com produção de 280,0 milhões t e R$ 1,8 bilhão arrecadados em 2017.
Em 2017, o valor de produção das frutas foi 4,6% superior ao ano anterior, com um total de R$ 38,9 bilhões, ao considerar o açaí nessa soma pela primeira vez. O destaque foi a laranja, que adicionou R$ 8,5 bilhões à economia nacional, uma alta de 2,0%. São Paulo, Bahia e Minas Gerais concentraram 77,8% da área colhida de laranja no país, equivalente a 631,7 mil ha. Em São Paulo, com 402,9 mil ha destinados a colheita de laranja, estão nove dos 10 maiores produtores. O primeiro lugar ficou por conta de Casa Branca (SP), com 564,6 mil t e R$ 228,6 milhões, seguido por Botucatu (SP), Itapetininga (SP), Colômbia (SP), Iara (SP), Avaré (SP), Buri (SP), Angatuba (SP), Rio Real (BA) e Santa Cruz do Rio Pardo (SP).
Além da laranja, São Paulo concentrou 27,1% de todo o valor de produção de frutas. O estado gerou R$ 10,6 bilhões, 2,4% superior a 2016. O Pará veio em seguida, com R$ 6,8 bilhões, com alta de 25,1%, explicada pela inclusão de novas áreas de colheita do açaí e pela recuperação na produção de outras frutíferas, como a laranja, o limão e a tangerina, com altas no volume de, respectivamente, 49,9%, 107,9% e 2.462,4%.
PAM– Investiga um conjunto de produtos das lavouras temporárias e permanentes do País que se caracterizam não só pela grande importância econômica que possuem na pauta de exportações, como também por sua relevância social, componentes que são da cesta básica do brasileiro, tendo como unidade de coleta o município.
A Produção Agrícola Municipal – PAM teve início no Ministério da Agricultura em 1938. Suas informações eram levantadas pela Rede de Coleta do IBGE, cabendo ao Ministério a elaboração dos questionários, a apuração, a crítica e a divulgação dos resultados. Com a publicação do Decreto n. 73.482, de 17.01.1974, o Instituto tornou-se responsável por todas as fases da pesquisa a partir daquela data, bem como pelos demais inquéritos estatísticos relacionados ao setor agropecuário. As estatísticas relativas aos anos de 1971 e 1972, porém, não estão disponíveis por não terem sido divulgadas pelo Ministério.
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