Um levantamento indicou um equilíbrio na duração do vale-refeição no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. O benefício que garante por lei a alimentação do trabalhador está durando em média 11 dias, o mesmo tempo registrado em 2023.
Os dados mostram que o valor facial médio dos benefícios voltados à refeição e alimentação no Brasil é de R$ 480,48. Regionalmente, o valor médio apontado pelo estudo é de: Cento-Oeste R$ 546,35, Sudeste R$ 491,82, Sul R$ 490,74, Norte R$ 459,85 e Nordeste R$ 397,06.
O estudo ainda revelou que o gasto médio dos brasileiros que usam o benefício foi de R$ 51,19 por transação no primeiro trimestre de 2024. O almoço foi o horário em que houve maior uso do vale-refeição no período e corresponde a 40% do total. Na sequência, aparece o horário do jantar, com 31%. O meio da tarde registrou 16% e o início da manhã, 13%, representando respectivamente os horários de lanche e do café da manhã.
“Pelo segundo ano consecutivo, vimos a inflação impactar na duração do vale-refeição, que manteve o patamar dos 11 dias. Essa constância é positiva, apesar do período ainda ser baixo”, avalia Antônio Alberto Aguiar (Tombé), diretor executivo de Estabelecimentos da Pluxee.
Gastar sola de sapato e se manter fiel a alguns estabelecimentos podem ter sido estratégias usadas para esticar a duração do vale-refeição. “A pesquisa indica que 38% dos usuários percorrem até 3 km para utilizar o benefício e 48% deles consomem em até três restaurantes diferentes. Isso demonstra que a maioria dos usuários de vale-refeição possui um horário de almoço pré-definido, fator decisivo para consumirem em estabelecimentos que conhecem ou preferem, como forma de economizar tempo e dinheiro”, detalha Tombé.
Dentro desse contexto, os profissionais também tentam escolher locais com o melhor custo-benefício possível, levando em consideração o valor diário do vale-refeição. “Trabalho na região da Av. Brigadeiro Faria Lima e opto por lugares que ofereçam a refeição completa, com o prato, a bebida e a sobremesa, dentro do valor que a empresa disponibiliza de vale-refeição”, afirma Vinícius Fernandes, psicólogo que atua na área de Recursos Humanos.
USO DO VALE-ALIMENTAÇÃO CRESCEU – As transações realizadas com vale-alimentação registraram aumento de 9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2023, de acordo com levantamento. O recorte apenas das transações online com o benefício mostra um crescimento ainda mais amplo, de 25%.
O estudo ainda indica que 51,31% dos usuários percorrem até 3 km para uso do benefício e 39% do crédito é utilizado na primeira semana do mês. Sábado é o dia com maior uso do benefício, chegando a registrar 22% do total de transações. O gasto médio por compra, tendo o benefício como forma de pagamento, foi de R$ 94,70 nos três primeiros meses deste ano.
O levantamento registrou que 67% dos usuários efetuaram compras em até três estabelecimentos diferentes; 22% visitaram entre quatro e seis estabelecimentos; 8% usaram o benefício em até 10 locais distintos; 2% em até 15 e apenas 1% dos usuários compraram itens de alimentação em mais de 16 estabelecimentos.
“Os dados refletem a retomada do crescimento do setor supermercadista, que evoluiu 2% no primeiro trimestre no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). É um indicador positivo para a economia do País, especialmente considerando o aumento nas vendas de produtos alimentícios e bebidas, e impacta positivamente também nos indicadores de geração de empregos formais”, avalia Tombé, diretor executivo de Estabelecimentos da Pluxee.
PERFIL DO TRABALHADOR FORMAL NO BRASIL – Um levantamento traçou o Perfil dos Trabalhadores Formais no Brasil e revelou que 90% dos entrevistados recebem algum benefício, seja direto ou indireto. Entre os vouchers mais recebidos, se destacam o vale-alimentação (56%), vale-transporte (50%) e o vale-refeição (43%).
A pesquisa ainda revelou que 62% das empresas que oferecem benefícios aos funcionários atuam no setor de serviços; 15% são indústrias; 10% são comércios; 6% são do setor de construção; 4% atuam em transporte e agronegócios; e 2% em outros setores.
As pequenas e médias empresas (PMEs) são as que menos oferecem benefícios e incentivos aos colaboradores: em média três. Na sequência, aparecem as companhias medianas, com cerca de cinco benefícios; e as grandes corporações, que fornecem seis benefícios.
O levantamento aponta que o vale-alimentação é o benefício mais desejado por 46% dos trabalhadores, seguido por seguro saúde (46%) e vale-refeição (31%). Os trabalhadores entrevistados que recebem vales alimentação e refeição demonstraram mais disposição para recomendar a empresa que trabalham para quem busca emprego, com um Net Promoter Score (NPS ou escala de promoção da rede, em tradução literal) de +44. Por outro lado, os entrevistados que recebem apenas vale refeição, e não recebem alimentação, apresentam um menor índice de recomendação, com um NPS de +18, apenas.
Para 57% dos participantes da pesquisa, os benefícios representam um complemento do salário e 54% consideram uma forma de valorização profissional. Já 51% entendem que trazem qualidade de vida e um incentivo para continuar trabalhando na empresa.