De janeiro a julho, a inflação da construção em Mato Grosso acumula alta anual de 13%. A evolução é a segunda mais alta do País, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), do IBGE.
Em sete meses, a variação sobre os custos de construção de um metro quadrado (m²) do setor da construção de Mato Grosso, supera as médias nacional e regional, em 9,11% e 10,30%, respectivamente. A maior alto foi registrada no Rio Grande do Norte: 13,69%.
As principais variáveis para composição dos custos – materiais e mão-de-obra – aponta direções diferentes em Mato Grosso. A parcela de materiais está em alta mensal desde o ano passado. Em maio rompeu a casa dos mil reais e em julho bateu novo recorde: R$ 1.069,05. Já a parcela mão-de-obra, teve no mês passado o menor valor desde maio: R$ 590,92.
No Centro-Oeste, o m² mais caro segue com o Distrito Federal, R$ 1.699,31. Na sequência estão Mato Grosso, R$ 1.659,97, Goiás, R$ 1.654,29 e Mato Grosso do Sul, R$ 1.603,12. A média regional fechou julho com valor médio de R$ 1.658,26 e a brasileira em R$ 1.652,27.
“O segundo semestre inicia-se com o terceiro maior índice do ano, influenciado mais uma vez pela alta nas duas parcelas que o compõem, material e mão-de-obra”, explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi. O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.652,27 em julho, sendo R$ 987,88 relativos a materiais e R$ 664,39 à mão-de-obra. Em junho, o custo nacional fechou em R$ 1628,25.
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“A parcela dos materiais apresentou alta em relação ao mês anterior. Quando comparado ao índice de julho de 2021, temos uma queda significativa”, afirma Augusto. A parcela de materiais apresentou taxa de 1,38%, registrando alta de 0,19 ponto percentual (p.p.) em relação a junho (1,19%). Considerando o índice de julho de 2021 (2,88%), houve queda de 1,50 p.p.
“Em julho, a parcela da mão-de-obra, apesar dos acordos coletivos firmados no período, registrou variação de 1,62%, caindo 0,73 ponto percentual em relação a junho”, completa o analista. Em relação a julho do ano anterior (0,52%), houve aumento de 1,10 p.p.
De janeiro a julho de 2022, os acumulados fecharam em 8,56% para materiais e 9,92% para mão-de-obra. Já os acumulados em doze meses ficaram em 15,82% e 11,52%, respectivamente.
NOS ESTADOS – O Paraná foi a unidade da federação com a maior taxa no recorte estadual. Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, o Estado registrou variação mensal de 5,18%.
“Neste mês, o estado do Paraná destacou-se registrando a maior taxa entre os estados. Com o Rio Grande do Sul apresentando a terceira maior taxa do mês, a região sul registrou a maior variação em julho”, afirmou Augusto.
A região Sul, que também observou acordos de categorias profissionais no Rio Grande do Sul, ficou com a maior variação regional em julho, 3,33%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,85% (Norte), 1,50% (Nordeste), 1,05% (Sudeste), e 1,24% (Centro-Oeste).
Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.622,08 (Norte), R$ 1.546,52 (Nordeste), R$ 1.723,94 (Sudeste), R$ 1.717,01 (Sul) e R$ 1.658,26 (Centro-Oeste).
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