Em queda desde dezembro de 2024, a pesquisa que monitora a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) na capital atingiu 107,2 pontos em abril, recuo de 1,5% sobre o mês anterior. A retração no período de cinco meses já chega a 8%, quando o levantamento mostrava um índice de 116,5 pontos. Além disso, a pontuação atual também está menor no comparativo anual, quando a pesquisa registrava 108,1 pontos em abril de 2024.
A principal causa apontada, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), é a incerteza econômica, impulsionada por juros e inflação elevados que afetam diretamente o poder de compra e o acesso ao crédito.
Assim como aconteceu na pesquisa nacional, que segue em queda pelo terceiro mês seguido, tal condição demonstra sinais claros de desaceleração no apetite do consumidor. As consecutivas quedas ligam um sinal de alerta. “A pesquisa mostra que o consumo por parte das famílias está em um ritmo lento e com tendência de piorar nos próximos meses, em razão dos juros alto e inflação elevada. É essencial que o governo desenvolva políticas públicas de estímulo ao consumo, apoiando empreendedores e controlando gastos desnecessários”, diz a pesquisa.
Apesar das quedas nos índices, os valores ainda seguem acima dos 100 pontos, o que demonstra um certo nível de otimismo por parte dos consumidores.
Em relação aos subíndices, observou-se a maior baixa para o componente Compra a Prazo (-3,4), Momentos para Duráveis (-2,9), Nível de Consumo Atual (-2,1) e Emprego Atual (-2,1). Apresentando desempenho positivo, há Perspectiva Profissional (0,4%) e Renda Atual (0,2%).
Com relação à avaliação da renda das famílias, mais da metade dos entrevistados (54,2%) respondeu que a situação está melhor quando comparado ao mesmo período do ano passado e 17,8% disseram que está pior. Condição ainda melhor que a pesquisa realizada no mesmo período de 2024.
Ainda assim, “a retração observada em subíndices importantes como ‘Compra a Prazo’ e, principalmente, ‘Momentos para Duráveis’, sugere uma cautela crescente dos consumidores de Cuiabá em relação a gastos mais significativos”.
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