Por mais uma semana seguida, a terceira de janeiro, Mato Grosso exibe o menor valor médio para o litro do etanol hidratado do País, ao apresentar valor de bomba de R$ 3,50. O Estado está entre as 17 unidades da Federação que encerram a semana – entre os dias 15 a 21 – com retração sobre os valores do biocombustível.
Já em outros sete Estados e no Distrito Federal os preços subiram. No Amapá não houve apuração na semana anterior (até dia 14) para efeito de comparação e na Paraíba os preços ficaram inalterados no período (R$ 3,74 o litro). O levantamento é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol caiu 2,28% na semana em relação à anterior, de R$ 3,94 para R$ 3,85 o litro.
Desde a semana passada, o monitoramento semanal do MT Econômico vem registrando a tendência de recuo sobre essa matriz, que inclusive, recuperou a vantagem econômica sobre a gasolina. O litro pode ser encontrado por até R$ 3,15, bem como por até R$ 3,49, dependendo da revenda. Com essa nova retração, o etanol se mantém mais competitivo em relação à gasolina, ou seja, com o valor de bomba representando até 70% do preço do derivado de petróleo.
A conta de equivalência de preços é simples: basta dividir o valor de bomba do etanol pelo da gasolina. Até 70%, compensa utilizar o bicombustível. Acima desse percentual, vale a gasolina. Esses referenciais levam em conta o rendimento das duas matrizes. Ainda assim, executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado. De todo modo, a relação 70/30 dá um norte sobre as variantes de preços ao consumidor que tiver um carro mais antigo.
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BRASIL – Ainda conforme a ANP, em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média caiu 2,34% na semana, de R$ 3,85 para R$ 3,76.
O Paraná registrou a maior queda porcentual de preços na semana, de 4,22%, de R$ 427 para R$ 4,09. Mato Grosso do Sul foi o Estado com o maior avanço de preços na semana, de 1,30%, de R$ 3,84 para R$ 3,89 o litro. O maior preço médio foi registrado no Amapá, com R$ 5,32 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País subiu 0,79%. O Estado com maior alta porcentual no período foi Sergipe, com 13,93% de aumento no período, de R$ 3,59 para R$ 4,09 o litro. A maior baixa porcentual ocorreu em Mato Grosso (-4,11%), de R$ 3,65 para R$ 3,50.
CENTRO-OESTE – De acordo com os dados do fechamento da primeira quinzena de janeiro do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), a região Centro-Oeste registrou o menor preço médio do País para o etanol, a R$ 4,09, apesar do aumento de 2,97% no preço, em comparação com dezembro. A gasolina, por sua vez, fechou com média de R$ 5,32, após aumento de 2,13%. Já o litro do diesel comum foi encontrado a R$ 6,74 na região, com aumento de 0,66%, enquanto o tipo S-10 foi comercializado a R$ 6,86, após aumento de 0,10% ante o mês anterior.
“Entre os Estados e o Distrito Federal, Mato Grosso apresentou o menor preço do País para o etanol, de R$ 3,87, após aumento de 1,23%. De acordo com o IPTL, a gasolina foi registrada como a opção mais econômica para os motoristas do DF, Goiás e Mato Grosso do Sul. Já para Mato Grosso, o etanol foi considerado o mais vantajoso”, analisa Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
GASOLINA – Ainda conforme o monitoramento semanal do MT Econômico, três dias após a alta anunciada pela Petrobras para a gasolina, o valor médio de bomba em postos de Cuiabá e Várzea Grande segue inalterado, podendo se encontrado entre R$ 4,69 a R$ 4,99.
Desde a última quarta-feira está vigorando a alta de R$ 0,23 sobre o litro do combustívelpara as distribuidoras, que passou de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro.