Para quem apostava que a queda sobre os preços da gasolina havia chegado ao limite nos postos de Cuiabá e de Várzea Grande, voltou a se surpreender positivamente nesta semana. Em novo movimento de baixa, os valores de bomba passaram de cerca de R$ 5,07 e R$ 5,09 – os mais baixos até então – para R$ 4,99. Nas revendas, frentistas atribuem a nova retração de preços à ‘guerra de preços’ instaurada no setor e que desde o final de junho vem favorecendo o consumidor.
Ainda que os valores estejam bastante atrativos ao consumo da gasolina, vale à pena fazer a velha continha dos 70% – dividindo o preço do etanol hidratado pelo valor da gasolina – e checar qual matriz é mais vantajosa do ponto de vista financeiro para seu perfil. Em média, com os novos preços do derivado de petróleo, o valor do biocombustível se aproxima do limite da vantagem, está em 69%.
Enquanto há postos brigando por cada centavo, há revendas que estão com o litro a R$ 5,99, R$ 5,37, R$ 5,15 e R$ 5,59.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo), os preços refletem a realidade de cada empresa. Cada uma tem uma planilha de custos e necessidades próprias.
Como destaca o mais recente levantamento do Índice de Preços Ticket Log (IPTL), referente à análise após a última redução para a gasolina vendida às refinarias – anunciada no dia 28 de julho e válida a partir do dia 29, apontou que, após o anúncio – o preço médio do litro do combustível recuou 0,68% nos postos de abastecimento do País e fechou a primeira semana de agosto a R$ 6.
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“Quando comparamos com a redução de 4,93% no repasse às refinarias, anunciada no dia 19 de julho, o recuo acumulado no preço da gasolina chega a 3,57%. Já no comparativo com o fechamento de julho, em que o preço médio do combustível fechou a R$ 6,50, o IPTL registrou uma redução de R$ 0,50 centavos para o bolso dos motoristas”, destaca Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.
RECORTE REGIONAL – Todas as regiões apresentaram queda no preço do combustível na última semana, com destaque para a região Sul, que além de registrar o menor preço médio entre as demais, com o litro a R$ 5,61, também apresentou o maior recuo no preço, de 1,36%. No acumulado desde o dia 19 de julho, o Nordeste lidera com a redução mais expressiva, de 6,13% e fecha o período com gasolina comercializada a R$ 6,03.
Nos destaques por Estado, com exceção do Piauí, que mesmo com a última redução anunciada, apresentou um acréscimo de 0,92% no preço da gasolina, que fechou os primeiros dias de agosto a R$ 6,20; e do Amazonas, que registrou alta de 1,88% no preço do litro, comercializado a R$ 6,22 no período, todos os demais Estados registraram recuo no valor do combustível.
O destaque de redução após o dia 28 de julho é do Rio Grande do Norte, onde o combustível recuou 2,55% e foi comercializado à média de R$ 6,05. Já no acumulado desde o dia 19 de julho, o Maranhão lidera o ranking da queda mais expressiva no preço, de 9,33%, que passou a custar R$ 5,98. Porém, o Rio Grande do Sul segue nos destaques do preço médio mais baixo, de R$ 5,50.
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