Antes do final da semana passada, alguns postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande deram início à majoração dos preços de bomba, movimento este que se consolidou no último sábado (1º), com alta generalizada. O governo federal voltou a tributar os insumos com PIS e Cofins, mas como sempre, entre variação estimada e a aplicada, os novos valores assustam, pois passam de R$ 0,50 por litro.
Em geral, a gasolina está custando, em média R$ 5,57, e o litro do biocombustível a R$ 3,67. Considerando os preços mínimos da semana passada aos encontrados ontem, durante monitoramento semanal do MT Econômico, a majoração sobre a gasolina passa de R$ 0,50 e no etanol mais de R$ 0,40.
Conforme era esperado por parte do mercado, o governo federal retomou a cobrança de impostos sobre os dois combustíveis, a partir de 1º de julho. O PIS/Cofins voltou a ser onerado com acréscimo de R$ 0,33 no litro da gasolina e de R$ 0,22 por litro de etanol.


Essa elevação na tributação já estava prevista desde o início do ano, quando o governo federal decidiu repor o imposto de forma proporcional, com a primeira majoração em fevereiro. O aumento ocorre logo após a Petrobras ter anunciado uma redução de R$ 0,13 na semana passada.
Com o repasse da carga tributária, o litro do derivado de petróleo voltou a romper a casa dos R$ 5, com valor de bomba máximo de R$ 5,59 em Várzea Grande, e o litro do biocombustível – mesmo que em plena safra da cana-de-açúcar – se aproxima de R$ 3,69.
Leia também: Etanol comercializado em MT registra maior queda mensal, aponta ANP
E VEM MAIS ALTA – A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager/MT) realizou na última sexta-feira (30), uma sessão regulatória para deliberar sobre a alta do preço do metro cúbico (m³) do Gás Natural Veicular (GNV) ao consumidor. A proposta de “Recomposição do Equilíbrio Financeiro do Contrato de Concessão do Gás” foi analisada e um dos votantes pediu vistas para estudar a indicação que vai acarretar num aumento de R$ 0,92 no metro cúbico de gás.






Para os revendedores de combustíveis, o valor se acrescido ao preço do GNV vai inviabilizar o uso de combustíveis pelos motoristas de aplicativos, taxistas e outros. Com o aumento, o preço do etanol fica mais competitivo, levando o usuário a fazer a troca.
Sem consumo de GNV, recai para os postos o prejuízo do alto investimento nos equipamentos para abastecimento desse produto. Alguns revendedores participaram da sessão e pontuaram sobre o quanto o reajuste prejudica o setor e consumidores, já que muitos motoristas também investiram em Kit Gás por acreditarem que o produto continuaria mais vantajoso.


Com a alta constante no preço dos combustíveis nos últimos anos, a troca para o GNV passou a ser mais atrativo para quem percorre muitos quilômetros diariamente. O GNV pode ser 60% mais econômico do que a gasolina e 40% mais vantajoso em relação etanol.
Uma nova sessão para continuar a votação será realizada nos próximos dias. A Ager regula e fiscaliza os serviços referentes ao GNV e retomará a votação após o fim do pedido de vistas, o que deve levar 10 dias.