O preço do litro do etanol hidratado em postos de combustíveis de Cuiabá e Várzea Grande iniciou movimento de alta. Ontem, dia 18, vários postos reajustaram o biocombustível na bomba, gerando espanto entre os motoristas. Na maior parte do reajuste, houve majoração de cerca de R$ 0,50, ou de 14%, da noite para o dia.
Ao longo da sexta-feira a alta já estava em vigor nas revendas de Cuiabá e Várzea Grande e se estabilizando entre R$ 3,97 e R$ 3,99. Os preços praticados na bomba até antes do aumento estavam em torno de R$ 3,47 e R$ 3,49. Monitoramento do MT Econômico aponta que a alta ao biocombustível se deu em plena colheita da cana-de-açúcar e do milho, matérias-primas na produção da matriz energética em Mato Grosso.
Além do etanol, a alta sem anúncio prévio ou autorização da Petrobras, atingiu o litro da gasolina. Com alta menos intensa, o valor de bomba na casa dos R$ 5,80, agora passa a R$ 6,17 e R$ 6,19 na maioria dos postos de combustíveis das duas cidades.
Na linha de frente dos postos, frentistas explicam que a compra, junto às distribuidoras, teve alta e que os preços ‘novos’ são apenas o repasse desse impacto nas empresas. Questionado, um gerente de posto, explicou que no início da semana a revenda em que trabalha chegou a ficar sem etanol, estoque zerou, e na hora da compra os preços estava mais alto. “Seguramos o valor de bomba sem reajuste por dois dias, mas dai todos começaram a aumentar”.
FECHAMENTO DA SEMANA – Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas, o etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em seis Estados nesta semana. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol tinha paridade de 66,72% ante a gasolina no período, portanto, favorável em comparação com o derivado do petróleo. Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Goiás (69,24%), Mato Grosso (61,27%), Mato Grosso do Sul (65,38%), Minas Gerais (68,07%), Paraná (68,10%) e São Paulo (65,35%).
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