Depois de sofrer reajustes na bomba em alguns momentos de fevereiro, quando retornou ao patamar médio de R$ 3,19, o litro do etanol hidratado comercializado em postos revendedores de Cuiabá e Várzea Grande, voltou à temporada de baixa e pode ser encontrado em torno de R$ 2,82, R$ 2,85, R$ 2,87 e R$ 2,89.
Juntos aos frentistas, a explicação é a mesma: “mandaram baixar” e ninguém sabe afirmar quanto tempo dura. Esse novo movimento de baixa teve início nesta semana. Os novos valores estão fixados tanto em postos bandeirados – àqueles que pertencem a uma rede – quanto aos de bandeira branca. Nesse nível, é possível encher o tanque, de capacidade de cerca de 42 litros, por menos de R$ 130 reais.
O frentista Marcos Silva, explicou que em determinados momentos do dia, o posto tem fila para abastecer, e a maioria dos carros sai com o tanque cheio. “O litro do etanol, que no ano passado chegou a ficar mais caro que o GNV aqui {Várzea Grande} e em Cuiabá, voltou a ser o combustível mais barato dos postos”.
A realidade do etanol nas duas cidades segue na direção oposta do registrado Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), já que pela segunda semana seguida, o preço médio do litro em Mato Grosso registra a maior alta semanal de valores na bomba, 9,46%.
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Como já noticiado pelo MT Econômico, nesta semana, mesmo com as altas consecutivas, o estado segue exibindo o menor valor médio do país: R$ 3,24. Como o levantamento da ANP é feito ao longo da semana e divulgado entre sexta-feira e sábado, é possível que nessa atualização, a baixa dos preços possa ser captada pela Agência.
COMPETITIVIDADE – Durante essa semana, o etanol esteve mais competitivo em relação à gasolina em 11 Estados e no Distrito Federal na semana passada. No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina. No período, a média dos postos pesquisados no país o etanol tinha paridade de 62,37% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.