A empresária e presidente da Associação das Empresas do Distrito Industrial de Cuiabá (AEDIC), Margareth Buzetti, foi reeleita para comandar a Associação Brasileira de Reforma de Pneus (ABR). Ela inicia em 2023 o segundo mandato e continua se firmando como a primeira e única mulher a ter presidido a entidade, além de ser a primeira presidente que não advém de mercados das regiões Sul e Sudeste.
A eleição que reconduziu a mato-grossense para o comando da entidade foi efetuada por e-mail e correio, já o anúncio oficial do resultado do pleito foi feito durante confraternização realizada em São Paulo. O mandato terá duração de três anos, e, dessa forma, Margareth Buzetti completará seis anos de gestão, período no qual continuará atuando para garantir maior valorização do setor.
Durante a posse, Buzetti agradeceu a confiança e destacou a importância que a representatividade feminina atrai para o segmento. Pontuou ainda que em seu primeiro mandato, um dos maiores desafios que enfrentou foi apresentar para os órgãos governamentais o poder de sustentabilidade e a grande contribuição econômica que o setor acarreta.
“Realizamos ao longo desse período um trabalho sério e, com isso, pudemos evidenciar o nosso legado de sustentabilidade e a forma como já temos um impacto relevante na economia. Mostramos esses resultados da ABR na Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, a COP 27, e no Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, algo grandioso”, ressaltou.
O segmento de reforma de pneus conta com 1400 empresas, que geram emprego de forma direta e indireta, sendo a maioria, representantes de microempresas e empresas de pequeno porte. Já no quesito ambiental, nos últimos dez anos a entidade registrou a reforma de 80 milhões de pneus comerciais e 52 milhões de pneus automóveis.
Número esse que resultou na economia de 5 bilhões de litros de petróleo. Durante este período, a entidade evitou a emissão de 26 milhões de toneladas de CO2. “Somos uma indústria verde. O pneu reformado gasta muito menos recursos naturais do que um novo. E apesar de precisarmos melhorar como segmento organizado, essa é uma forma de conquistar mais respeito dos órgãos governamentais”, explicou.
Para o novo mandato, Buzetti relata que continuará atuando para evidenciar o quanto a ABR tem a oferecer no segmento da economia e meio ambiente. “Nosso papel é incontestável, geramos uma economia para o setor de transporte no Brasil com uma média de 7 bilhões de reais por ano. O pneu reformado possui rendimento de quilometragem semelhante ao novo, sendo 70% mais econômico para o consumidor”.
IMPACTO – O segmento que a ABR representa é uma indústria verde por adotar medidas que se atentam à sustentabilidade em todo o processo produtivo. Um exemplo disso, é a reutilização da carcaça e reposição da banda de rodagem do pneu desgastado pelo uso, que após ser reformado pela indústria volta a rodar proporcionando a mesma quilometragem e desempenho do novo.
Outro fator, é a redução da quantidade de litros de petróleo utilizado no processo de produção de um pneu. Na fabricação do novo comercial são usados 79 litros de petróleo, enquanto o comercial para ser reformado utiliza 29 litros. Já o pneu de automóvel novo usa 27 litros de petróleo e o reformado apenas 9L. Visto isso, o pneu reformado gasta bem menos recursos naturais que um novo.