O preço do litro do etanol hidratado para o consumidor consolidou nova alta nos últimos dias. De julho até agora vem registrando uma sequencia de altas que tirou o biocombustível da casa dos R$ 3,97/3,99 para inéditos R$ 4,37/4,39. O que mais chama à atenção nas duas últimas altas registradas pelo MT Econômico é que somente o hidratado teve a média de bomba majorada, sem qualquer oscilação sobre a gasolina e o diesel, que independentemente de reajustes autorizados pela Petrobras, sempre sofriam ‘correções’.
Para o Sindipetróleo, a realidade de Cuiabá – de forma mais específica – reflete um movimento de alta em todo o país, “com reajustes nas usinas, distribuidoras e, consequentemente, nos postos de combustíveis. Ainda assim, Mato Grosso se mantém entre os estados com os menores preços médios do Brasil”, comemora o sindicato que representa dos donos de postos.
Após as sucessivas altas que o MT Econômico vem registrando, o preço médio de bomba ao consumidor cuiabano que sempre revezava com a média paulistana entre o menor do país – mas assumindo a liderança na maior parte do ano em razão das safras de milho e cana entre abril e novembro – agora é apenas o quarto menor entre as capitais brasileiras, segundo aponta o sindicato, com base em dados recentes da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que apurou os preços de mercado na semana entre os dias 7 e 13 deste mês.
Nessa atualização, Cuiabá com média de R$ 4,28 – a capital e Várzea Grande têm os menores preços do estado e por isso a média é também a menor – é apenas a quarta do Brasil. Campo Grande – até então com um dos preços mais altos ao biocombustível do Centro-Oeste – lidera o ranking nacional com média de R$ 3,79, a menor do Brasil.
Para o Sindipetróleo, “o litro do etanol em Cuiabá custa, em média, R$ 4,28. O valor coloca o estado entre os mais baratos do país, ficando atrás apenas de Campo Grande (R$ 3,79), Goiânia (R$ 3,91) e São Paulo (R$ 4,15). Em contraste, o consumidor já paga acima de R$ 5,00 em diversas capitais, como Natal (R$ 5,03), Boa Vista (R$ 5,15), Porto Velho (R$ 5,27), Rio Branco (R$ 5,29), Macapá (R$ 5,48) e Manaus (R$ 5,49).”. Vale lembrar que diferente dos estados do Norte e Nordeste do Brasil, Mato Grosso detém a maior produção nacional de etanol, a segunda matéria-prima mais utilizada no Brasil para produção do biocombustível. Para além de uma oferta de mais de 50 milhões de toneladas nesta safra (2024/25), o estado é sede de mais de uma dezena de usinas que produzem etanol direto do milho. Uma realidade única no Brasil: cereal e industrialização no ‘quintal de casa’.
Mas, como destaca o Sindipetróleo, em relação ao quarto lugar nacional: “Esse diferencial reforça o papel estratégico de Mato Grosso, onde a proximidade com a produção de etanol e a forte presença da agroindústria sucroenergética e ainda redução do ICMS contribuem para reduzir custos logísticos e manter preços mais acessíveis”.
Resumo comparativo – preços médios do etanol por capitais (ANP 07 a 13/09/25):
Campo Grande (MS): R$ 3,79 → mais barato do Brasil
Goiânia (GO): R$ 3,91
São Paulo (SP): R$ 4,15
Cuiabá (MT): R$ 4,28
Rio de Janeiro (RJ): R$ 4,41
Vitória (ES): R$ 4,42
Brasília (DF): R$ 4,46
Belo Horizonte (MG): R$ 4,51
Salvador (BA): R$ 4,58
Porto Alegre (RS): R$ 4,73
Curitiba (PR): R$ 4,75
Recife (PE): R$ 4,93
Fortaleza (CE): R$ 4,98
Natal (RN): R$ 5,03
Manaus (AM): R$ 5,49
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