Mato Grosso e mais 12 estados brasileiros poderão receber a certificação de área livre de peste suína clássica (PSC). A solicitação de reconhecimento da área livre engloba além de Mato Grosso, os estados do Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe e Tocantins. E ainda os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, todos eles no Amazonas.
Em maio de 2015, os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina receberam a certificação internacional. Com a novo pleito, a expectativa é que o Brasil passe a possuir 16 estados livres da doença, com reconhecimento internacional.
Para o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Victor Ayres, o Brasil está na vanguarda dos países que se submeteram ao reconhecimento internacional, o que lhe garante uma imagem de agilidade e seriedade do serviço veterinário oficial (SVO). A CNA e as federações de agricultura e pecuária, em parceria com o Estado brasileiro e a iniciativa privada, trabalharam em conjunto para cumprir as exigências sanitárias necessárias para que este reconhecimento pela comissão científica da OIE fosse possível. "A Confederação participou ativamente, atuando no grupo de trabalho capitaneado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA, a fim de garantir celeridade ao processo de certificação", observou o técnico.
Desde 2015, a PSC passou a fazer parte da lista de doenças de reconhecimento oficial da OIE, juntamente com febre aftosa, peste bovina, pleuropneumonia contagiosa dos bovinos, encefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca), peste dos pequenos ruminantes e peste equina. A partir de então, o reconhecimento de país ou área livre da doença é obtido através de certificação da agência internacional.
Com a nova regra, a peste suína clássica deixou de ser uma doença de auto declaração para ser de reconhecimento oficial. Na situação anterior, cada país membro poderia declarar seu território ou parte dele como livre da doença. Agora, os países membros solicitam a certificação internacional à Organização Mundial de Saúde Animal.