O número de fusões e aquisições realizadas por empresas do Centro-Oeste caiu mais de 14% no primeiro semestre deste ano, em comparação com o mesmo intervalo de 2024. De janeiro a junho de 2025, foram efetuadas 18 operações contra 21 transações, no respectivo período. O estudo é feito trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia.
O levantamento, do primeiro semestre deste ano, envolveu quatro estados da localidade. Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. O único estado que apresentou melhora foi o Mato Grosso, enquanto os outros três tiveram quedas no setor ou ficaram estagnados.
“A retração nas operações de fusões e aquisições no Centro-Oeste reflete um momento de maior cautela por parte dos investidores na região. Apesar da queda geral, o desempenho positivo de Mato Grosso indica que há segmentos com potencial de crescimento, especialmente ligados ao agronegócio e à cadeia produtiva. O cenário exige uma análise mais seletiva e estratégica por parte das empresas e investidores.”, complementa Pietro Moschetta, sócio de mercados regionais da KPMG no Brasil.
Das 18 operações realizadas no primeiro semestre deste ano na região Centro-Oeste, 12 foram domésticas, 1 por companhia estrangeira adquirindo capital de outra estabelecida no país (tipo CB1), 1 transação envolvendo companhia brasileira comprando, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior (tipo CB2), 2 empresas de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil e mais 2 empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.
BRASIL: QUEDA DE 5% E MAIOR PARTICIPAÇÃO ESTRANGEIRA – As empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Esse número representa uma queda de quase cerca de 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios.
O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações contra 178, no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%. O mesmo movimento aconteceu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47, nos primeiros meses do ano passado, para 58 este ano (23%).
“De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. E esses dois tipos de negociações sustentaram o número de transações realizadas este semestre. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”, avalia o sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.
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