Os médicos da rede pública da capital entraram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (7). A presidente do Sindicato da categoria, Eliana Siqueira informou ao site Mato Grosso Econômico que os profissionais reivindicam implantação do piso nacional, de R$ 12,9 mil por 20 horas semanais, pagamento das horas extras e melhores condições de trabalho.
Cerca de 500 médicos trabalham no Pronto-Socorro, policlínicas e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O atendimento no PS e na UPA não será alterado, mas nas policlínicas deverão ser mantidos apenas 30% dos profissionais.
O piso atual dos médicos concursados é de R$ 3,8 mil. Os profissionais querem também o pagamento do Reajuste Geral Anual, cumprimento dos acordos coletvos homologados na Justiça e o preenchimento adequado das escalas de plantão defasadas de médicos e profissionais de enfermagem.
A decisão do desembargador de decretar a greve ilegal atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral do município, que argumentou que o Sindimed-MT deu início à paralisação sem negociar com a prefeitura de Cuiabá. O Sindimed-MT, entretanto, afirma que a pauta da greve é a mesma há um ano e que nesse período as negociações não avançaram.
"O Sindimed-MT ainda não foi notificado da decisão judicial e que, quando isso ocorrer, vai recorrer. Por ora, a paralisação das atividades está mantida. "Nós entendemos que essa determinação é arbitrária e está cerceando o direito de greve", finalizou a presidente do Sindimed, Eliana Siqueira.