Com expansão de 4,93%, o mercado imobiliário em Cuiabá ampliou o montante faturado nos três primeiros meses de 2024 sobre o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,14 bilhão. Os dados dos Indicadores do Mercado Imobiliário de Cuiabá, realizados pelo Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) e divulgados pela Fecomércio-MT, mostram uma recuperação no montante recolhido na capital, que vinha de queda de 5,17% sobre o mesmo período de 2022.
Ainda assim, o levantamento mostra consecutivas quedas no número de imóveis transacionados para o mesmo trimestre, passando de 2.782 unidades em 2022 para 1.999 neste ano. Somente de 2023 para 2024, a redução foi de 12,55%.
Segundo o responsável técnico pela pesquisa e vice-presidente do Secovi-MT, Guido Grando Junior, o recuo no número de unidades comercializadas, assim como do percentual financiado, de -23,72% sobre o mesmo trimestre de 2023, pode ser reflexo dos impactos negativos da produção agrícola deste ano.
“Muitos agricultores investem em imóveis na capital. A questão climática, provocada pelo El Niño, afetou a produtividade no campo, contribuindo de forma significativa para a redução desses números”.
A combinação desses fatores – aumento no faturamento e diminuição nas vendas –, segundo análise dos representantes do sindicato, se deu em função de investimentos de aquisição de terrenos e imóveis destinados a empreendimentos comerciais e residenciais na cidade.
Sobre isso, o presidente do Secovi-MT, Marco Pessoz, reforça que tal condição se caracteriza em “manutenção da confiança dos investidores e incorporadores. A sazonalidade de baixa do mercado permite acesso a oportunidades de negócios e, por isso, a diminuição do volume financiado se explica pela redução do volume de vendas de imóveis a particulares, que são quem financiam imóveis”.
O estudo de evolução do mercado imobiliário mostra que maioria dos imóveis vendidos nos três primeiros meses do ano são usados, 2.129 mais precisamente, e apenas 157 novos. Casas e apartamentos lideram em unidades transacionadas, seguido de terrenos. As regiões mais procuradas são a oeste e a leste, correspondendo a 65,3% total comercializado e são consideradas áreas residenciais da capital mato-grossense.
O levantamento dos dados conta com o apoio da Fecomércio-MT e é realizado desde 2015 pelo Secovi-MT, em uma parceria com a Secretaria de Fazenda do município de Cuiabá, com fonte dos dados do ITBI municipal.
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