O mercado livre de energia já responde por 39% do consumo de energia elétrica no Brasil, podendo chegar a 46% com a abertura do mercado de energia em alta tensão a partir de 2024, se consolidando como ambiente de contratação predominante para a expansão da oferta de energia elétrica no Brasil nos próximos anos. Novo estudo da Abraceel mostra que, do total de 129,5 GW de energia elétrica centralizada já outorgada, com previsão de operação entre 2023 e 2029, 92% estão sendo destinados ao mercado livre.
Essas 45 novas empresas evitariam juntas, emissões de 10 mil toneladas de CO2 na natureza.
Segundo um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), aproximadamente 14 mil empresas da região Centro-Oeste já poderiam migrar para o mercado livre de energia, onde os benefícios deste ambiente de contratação incluem potencial economia na tarifa, migração para energia renovável, maior controle e uso mais eficiente do recurso. Indústria em geral, supermercados, comércio varejista e atacadista e condomínios, são exemplos de setores para os quais a migração é bastante vantajosa. “As empresas que quiserem se manter competitivas em seus mercados, precisam se adequar de forma rápida ao que existe de mais moderno e eficaz no que diz respeito a práticas ESG, juntamente com uma economia e controle do consumo de energia através da migração para o mercado livre de energia”, destaca Ciro Neto, Partner e Head de Desenvolvimento de negócios da 2W na região Centro-Oeste.
Mato Grosso, com 3,9 mil empresas que já podem migrar para o mercado livre de energia no Estado. Entre os exemplos estão a Cobrazem Agroindustrial LTDA que irá economizar R$ 1,7 milhão com energia por um contrato que prevê a redução de emissão de 3.700 toneladas de CO2 na natureza. Já a empresa Ourinhos Mineração LTDA economizará R$ 870 mil em energia.
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“O Centro-Oeste conta com muitas empresas e é uma região muito descentralizada e variada com diversos setores que buscam economia aliada a sustentabilidade como empresas do agro, comércio e condomínios. O mercado livre é um modelo que promove maior economia e sustentabilidade e que até hoje só estava disponível para as grandes organizações”, ressalta Ciro Neto.
No Distrito Federal, onde 1,6 mil empresas já podem migrar para o mercado livre de energia, há o exemplo do Condomínio do Edifício Comfort Taguatinga Flat, que irá economizar mais de R$ 313 mil em energia, por um contrato que prevê a redução de emissão de 106 toneladas de CO2 na natureza. Seguindo essa mesma pegada de sustentabilidade, o Hospital São Mateus também aderiu ao mercado livre e vai economizar cerca de R$ 275 mil.
Em Goiás, estado que conta com 6,3 mil empresas que podem entrar no mercado livre, a Comercial se Alimentos CR LTDA, que irá economizar mais de R$ 550 mil na sua conta de energia e com isso reduzir a emissão de 353 toneladas de CO2 na natureza e a empresa Nacional Comercio e Transformação de Vidros LTDA vai economizar R$ 658 mil.
No Mato Grosso do Sul, estado que conta hoje com 2,1 mil empresas que já podem migrar para o mercado livre, quem aderiu ao mercado livre e as práticas sustentáveis foi o Primavera Palace Hotel que irá economizar R$ 280 mil, utilizando energia limpa e gerando sustentabilidade para o seu negócio.