O dólar abriu a semana com queda de 0,58%, sendo negociado próximo de R$ 5,3608. O mercado repercute o encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Malásia, como destaca Elson Gusmão, diretor de Câmbio da Ourominas.
O câmbio reagiu à reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada neste fim de semana durante a cúpula da ASEAN, na Malásia. “O encontro foi avaliado de forma positiva pelos investidores, já que ambos os líderes demonstraram disposição em avançar nas negociações comerciais e reduzir as tarifas impostas recentemente pelos EUA a produtos brasileiros. Lula afirmou ter recebido de Trump a “garantia” de que um acordo será construído nas próximas semanas, o que trouxe ânimo adicional aos mercados”.
Apesar da boa sinalização diplomática, o câmbio ainda segue sensível ao cenário fiscal doméstico e à percepção de risco no Brasi. A expectativa, no entanto, é de que a melhora nas relações com os Estados Unidos possa abrir espaço para uma correção mais consistente do dólar caso as tratativas avancem.
Para o investidor, pontua Gusmão, o ambiente segue de cautela moderada. Empresas com exposição cambial devem manter estratégias de proteção, enquanto quem planeja viagens internacionais pode aproveitar o recuo pontual da moeda para antecipar compras ou fechar pacotes a preços mais favoráveis.
OURO – Segundo Mauriciano Cavalcante – diretor de ouro da Ourominas, o metal iniciou a semana em leve correção, após semanas de valorização intensa nos mercados internacionais. A cotação global do metal está próxima de US$ 4.040 por onça-troy, enquanto no mercado brasileiro o grama do ouro de 24 quilates é negociado em torno de R$ 700,00. A queda leve do dia reflete uma realização de lucros por parte dos investidores e o fortalecimento momentâneo do dólar, que reduz o apetite por ativos de proteção.
Mesmo com esse movimento de ajuste, o ouro continua sendo um dos ativos de melhor desempenho em 2025, sustentado por um ambiente global de incertezas econômicas e geopolíticas. A combinação de juros altos, tensões comerciais e expectativas sobre futuras decisões do Federal Reserve tem mantido o metal em patamares historicamente elevados.
No Brasil, a valorização do dólar frente ao real também contribui para manter o preço interno do ouro em alta, já que a cotação nacional acompanha as variações cambiais. Esse cenário reforça a atratividade do metal como ativo de segurança e reserva de valor, especialmente diante da volatilidade dos mercados e das discussões fiscais internas.
Para investidores, o momento inspira cautela: há espaço para pequenas correções no curto prazo, mas a tendência de longo prazo segue positiva enquanto persistirem as incertezas globais. Já para o consumidor, os preços das joias e do ouro físico permanecem altos, refletindo tanto o câmbio quanto o cenário externo.


