Os três combustíveis mais utilizados pela população – etanol hidratado, óleo diesel e gasolina – fecharam setembro com alta de preços, ante agosto, em Mato Grosso. Dois deles – etanol e diesel – tiveram majorações acima do registro na média nacional e os valores de bomba se destacaram no Centro-Oeste, conforme levantamento da ValeCard.
Enquanto o litro do diesel teve alta de 10,75% na média nacional, em Mato Grosso a variação foi de 10,83%, a maior entre as matrizes observadas pelo levantamento. Com isso, o valor médio do litro no Estado fechou setembro a R$ 6,703.
A segunda maior elevação vem do etanol, cuja média aumentou em 4,37%, a maior do Centro-Oeste. Setembro fechou com valor de bomba em R$ 3,719 no Estado. No País, a alta foi de 0,29% em relação a agosto.
Já a gasolina, comercializada no Estado, variou na comparação mensal 2,30%, abaixo do nacional em 2,51%. Ainda assim, o litro teve valor médio de R$ 6,200 nos postos mato-grossenses.
Em relação ao Centro-Oeste, o Distrito Federal registrou a maior elevação ao diesel da região: 12,72%. Mato Grosso do Sul a maior alta mensal regional à gasolina: 2,46% e Mato Grosso o maior incremento do período analisado do etanol hidratado: 4,37%.
Conforme o levantamento, em setembro, o preço do diesel para o consumidor final disparou 10,75% em relação a agosto. Já a gasolina ficou 2,51% mais cara. Ambos refletem, ainda, o repasse gradual do reajuste anunciado pela Petrobras em 15 de agosto. Por outro lado, o etanol ficou praticamente estável em setembro, com redução de apenas 0,29%. Com isso, o combustível renovável está vantajoso financeiramente em 14 unidades federativas.
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DIESEL – Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior alta no mês foram São Paulo (13,59%), Distrito Federal (12,72%) e Paraíba (12,66%). A unidade federativa com menor preço médio foi Rio Grande do Sul, a R$ 5,983, e na outra ponta, Roraima apresentou a maior média, a R$ 6,882.
“Em setembro o diesel seguiu com preços em alta devido ao repasse gradual, pelos postos, do aumento de R$ 0,78 no litro do combustível para as distribuidoras, soma-se a volta parcial da cobrança dos impostos federais sobre o diesel, que trouxe um incremento de R$ 0,11 por litro no dia 5 do mês passado”, explica Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard.
GASOLINA – Em setembro ainda tivemos um resquício do repasse ao consumidor do aumento de R$ 0,41 no litro da gasolina para as distribuidoras.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram as maiores altas em setembro foram Rondônia (3,64%), Acre (3,59%) e São Paulo (3,35%). A unidade federativa com menor preço médio do litro da gasolina foi São Paulo, a R$ 5,791, e na outra ponta, Acre apresentou a maior média, a R$ 6,696.
ETANOL – Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior queda foram Sergipe (-9,15%), Rio Grande do Norte (-7,35%) e Piauí (-4,27%). A unidade federativa com menor preço médio foi São Paulo, a R$ 3,583, e na outra ponta, o Amapá apresentou a maior média, a R$ 4,874.
“Ao contrário da gasolina e do diesel, o etanol registrou queda em setembro por causa da alta da produção agrícola de cana-de-açúcar, que se converteu em maiores volumes de produção do combustível renovável”, explica Rodrigues.
Segundo dados da Única, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia, a moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de setembro registrou crescimento de 5,35% na comparação com o mesmo período do ciclo passado. No acumulado da safra 2023/24, a moagem atingiu 448,33 milhões, ante 406,33 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2022/23, avanço de 10,34%.