Setembro completou um ciclo de nove meses seguidos de saldo positivo na geração de empregos formais – com carteira assinada – em Mato Grosso, neste ano. Apesar do nível de empregabilidade seguir em alta no Estado, o saldo acumulado em 2022 é 2% inferior ao registrado em igual intervalo do ano passado, período ainda bastante impactado pela pandemia da Covid-19.
Conforme dados do Ministério do Trabalho e Previdência, divulgados ontem pelas Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, Mato Grosso criou de janeiro a setembro deste ano 69.064 novos postos de trabalho com carteira assinada, resultado -2% em relação as 70.493 vagas geradas em igual momento de 2021. Em agosto, o Estado já havia encerrado os primeiros oito meses deste ano com recuo de 4,68% na oferta de empregos em comparação ao menos período do ano passado. Em outras palavras, o nível de empregabilidade está sendo reduzido no intervalo de um ano.
Somente em setembro foram 6.280 novas vagas formais, saldo superior ao registrado em setembro do ano passado, 4.961 vagas e ainda superior ao registrado em agosto deste ano, quando foram contabilizadas a criação de 4.143 novos postos.
Todos os cinco maiores setores da economia mato-grossense fecharam setembro com saldos positivos. O maior empregador foi o setor de Serviços, com a abertura de 2.194 novos postos de trabalho. O Comércio vem na sequencia ao ofertar outras 1.911 novas vagas. A Agropecuária gerou mais 1.693 novos postos. A Construção Civil 420 e a Indústria apenas 62 novos postos formais no período.
Ainda conforme o Novo Caged, o saldo de setembro, em 6.280 novos postos, é resultado da movimentação de 49.798 admissões ante 43.519 demissões. Considerando os quatro estados do Centro-Oeste, Mato Grosso teve penúltimo menor saldo. Goiás se destacou pela abertura de mais de 8,35 mil postos, seguido pelo Distrito Federal com 6.796, Mato Grosso com 6.280 e Mato Grosso do Sul com 4.026 novos postos.
Entre os municípios que mais geraram novos empregos no Estado, se destacam cinco: Cuiabá com 13.892 novos postos criados neste ano, seguido por Rondonópolis com 5.872, Sinop com 5.420, Sorriso com 4.740 e Primavera do Leste com 2.272.
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NO PAÍS – O Brasil gerou 278.085 postos de trabalho em setembro, resultado de 1.926.572 admissões e de 1.648.487 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado deste ano, o saldo é de 2.147.600 novos trabalhadores no mercado formal.
Todas as regiões do País tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação.
Em termos relativos, dos estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Alagoas, com a abertura de 15.625 postos, aumento de 4,16%, Sergipe, que criou 5.131 vagas (1,78%) e Pernambuco, com saldo positivo de 20.528 postos (1,55%).
Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 61.167 postos (0,46%), Minas Gerais, com 23.723 vagas criadas (0,53%) e Pernambuco, com a geração de 20.528 postos (1,55%). Já os estados com menor saldo absoluto foram Roraima, com 1.069 postos (1,55%), Acre, com 752 novas vagas (0,81%) e Amapá, que gerou 739 colocações (0,97%).
Em todo o país, o salário médio de admissão em setembro foi de R$ 1.931,13. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 12,47 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,64%.
O ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, disse que o segmento da indústria continua crescendo, apesar de ter caído para a terceira colocação na geração de empregos no mês. “Quando a gente fala de aumento de número de postos de trabalho na indústria isso também quer dizer que, inevitavelmente, no médio prazo, a média salarial do brasileiro vai aumentar, porque a qualificação para se encaixar no trabalho na indústria é um pouco maior e gera maiores salários”, explicou.
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