O setor de serviços recuou 6% na passagem de setembro para outubro, em Mato Grosso. A taxa é a maior registrada no País, na avaliação mensal, pela Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE. No mesmo período, por exemplo, a média nacional foi negativa em 1,2%.
Outubro completou uma sequência de três meses de desempenho negativo do setor no Estado. Foram -5% em agosto, -3,2% em setembro e -6% agora em outubro. Apesar do saldo, o setor fecha os primeiros dez meses de 2021 com resultado positivo na comparação com igual intervalo do ano passado: alta de 9,8%. No Brasil, o saldo do período aponta crescimento superior, em 11,4%.
Ainda falando de resultado ruim, mesmo com a base fraca de outubro do ano passado – período bastante impactado pela pandemia e com recordes diários de mortes – o saldo de outubro deste ano, no Estado, ainda ficou 1,7% inferior nessa comparação anual.
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Conforme o gerente da Pesquisa, Rodrigo Lobo, no País, o setor de serviços recuou 1,2% na passagem de setembro para outubro, segunda taxa negativa consecutiva, acumulando uma retração de 1,9%. Com o resultado de outubro, o setor ainda ficou 2,1% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro do ano passado, mas está 9,3% abaixo do recorde alcançado em novembro de 2014.
No acumulando do ano, o setor apresenta alta de 11%, com crescimento em todos os setores. “Nessa comparação, temos o efeito da baixa base de comparação. Enquanto indústria e comércio iniciaram a recuperação no segundo semestre de 2020, a primeira taxa positiva do setor de serviços, na comparação interanual, só ocorreu em março de 2021, mês em que os serviços cresceram 4,6%”, ressalta.
Regionalmente, a maior parte (23) das 27 unidades da federação teve retração no volume de serviços em outubro de 2021, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre os locais com taxas negativas, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (-3,2%), seguido por São Paulo (-0,5%), Rio Grande do Sul (-4,0%), Paraná (-2,1%) e Mato Grosso (-6,0%). Em contrapartida, o Ceará (1,4%) registrou a principal expansão em termos regionais.