Mato Grosso completou o 10º mês do ano com criação de vagas de empregos. Ou seja, de janeiro a outubro, o saldo mensal foi positivo com mais contratações do que demissões. No entanto, justamente na reta final de 2022, parece perder ritmo: foi o que menos gerou novos postos de trabalho com carteira assinada de todo Centro-Oeste.
Dos cinco principais segmentos da economia mato-grossense, apenas dois deles – Serviços e Comércio – abriram vagas, com Serviços liderando as contratações de outubro com mais de 2.116 admissões, seguida pelo Comércio mais 1.146 ingressados.
Conforme dados divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência, via Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged, Mato Grosso gerou 911 novas vagas formais contra 3.922 em igual mês do ano passado. Regionalmente, o maior empregador foi o Distrito Federal com 4.795 novas frentes criadas, seguido por Mato Grosso do Sul com 1.693 e Goiás com 1.010.
Ainda em relação às contrações e demissões, chamam à atenção os movimentos registrados em outubro na Agropecuária, na Indústria e na Construção Civil. Em todos esses segmentos houve mais demissões que contratações ao longo do mês. Foram eliminados, 1.079 postos, 791 e 481, respectivamente.
O resultado de pouco mais de 900 vagas resulta da movimentação das contratações – em 45.317 pessoas – ante as demissões – 44.406 -. Graças ao ritmo empregado nos primeiros meses do ano, o saldo acumulado de empregos no Estado é recorde para o período, soma mais de 70 mil vagas criadas.
Ainda em relação ao acumulado nos dez primeiro meses de 2022, Cuiabá se destaca como a maior empregadora. Foram criadas 15.195 vagas de janeiro a outubro. Na sequencia estão cidades do interior de Mato Grosso como Rondonópolis com 6.137 novos postos, Sinop com a abertura de outras 5.484 vagas, Sorriso com 4.604 e Lucas do Rio Verde com 2.563.
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NO PAÍS – O Brasil criou 159.454 postos de trabalho em outubro, resultado de 1.789.462 admissões e de 1.630.008 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado deste ano, o saldo é de 2.320.252 novos trabalhadores no mercado formal.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.998.607 em outubro, o que representa um aumento de 0,37% em relação ao mês anterior.
Para o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, o resultado “dá a possibilidade de sonhar” com o fechamento do ano com mais de 2,5 milhões de empregos gerados. “É uma felicidade, mais uma vez verificamos que a nossa economia está no rumo certo. Nós, o Ministério do Trabalho e Previdência, agradecemos a todos os empresários e empreendedores que acreditam e que investem no mercado brasileiro”.
De acordo com o ministério, os meses de outubro geralmente não são meses de grande destaque em contratações, são meses que têm sazonalidades, meses de transição para o final do ano, de redução na indústria e aquecimento no comércio. As contratações do comércio começam a aparecer mais fortemente no mês que vem.
Em todo o país, o salário médio de admissão em outubro foi de R$ 1.932. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 7,28 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,38%.
POR REGIÃO – Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal em 26 das 27 unidades da federação. A queda aconteceu no Amapá, com o fechamento de 499 postos, 0,65% do total do estado, afetado pela sazonalidade da extração mineral.
Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Alagoas, com a abertura de 4.335 postos (1,11%), Roraima, que criou 525 vagas (0,75%) e Amazonas, com saldo positivo de 3.463 postos (0,72%).
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