O volume de serviços em Mato Grosso fechou os primeiros cinco meses do ano com alta de 1,6%, conforme dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada ontem (11), pelo IBGE. Apesar de positivo, o percentual é o menor registrado entre os estados do Centro-Oeste e está abaixo da média nacional, em 2,1%.
Conforme a pesquisa, o Distrito Federal teve o melhor saldo anual na comparação entre o intervalo de janeiro a maio, 6,7%, Goiás teve crescimento anual de 3,3% e o Mato Grosso do Sul, 2,5%.
Na comparação maio de 2025 ante o mesmo mês do ano anterior, Mato Grosso teve alta de 4,9%. Já na comparação mensal, maio ante abril, alta de 2,5%.
O volume de serviços no país variou 0,1% em maio de 2025 na comparação com o mês anterior, quando havia avançado 0,2% ante março. Esse é o quarto resultado positivo em sequência, com ganho acumulado de 1,6%. A variação positiva no mês foi puxada, principalmente, pela atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 0,9%. Quanto ao patamar pré-pandemia, o volume total de serviços está 17,5% acima de fevereiro de 2020. Frente a maio de 2024, o setor se expandiu 3,6%, 14ª taxa positiva consecutiva.
O analista da pesquisa, Rodrigo Lobo, comenta que o índice do mês de maio de 2025 se iguala ao ponto mais alto da série, alcançado anteriormente em outubro de 2024. “De lá para cá, o setor de serviços nunca se distanciou muito deste ápice. Em janeiro de 2025 foi o maior distanciamento, quando ficou -1,7% abaixo de outubro de 2024”.
Na atividade de serviços profissionais, administrativos e complementares, que acumularam um ganho de 2,9% nos últimos 4 meses, o destaque ficou por conta do segmento de serviços técnico-profissionais, onde apareceram aumentos de receita das empresas que atuam com agenciamento de espaços de publicidade; serviços de engenharia; e intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou plataformas de e-commerce.
Também houve avanços em outros serviços (1,5%), recuperando parte da perda de 2,1% verificada entre março e abril, e de informação e comunicação (0,4%), com o segundo acréscimo seguido e ganho acumulado de 0,5%. Já os transportes (-0,3%) e os serviços prestados às famílias (-0,6%) assinalaram as taxas negativas do mês.
“Transportes foi o principal impacto negativo deste mês, mas com uma variação negativa mais suave. Os recuos mais relevantes vieram de logística de transportes e do transporte marítimo, tanto o de cabotagem como o de longo curso. De qualquer forma, esse pequeno recuo de maio elimina apenas uma pequena parcela do ganho de 3,1% acumulado entre fevereiro e abril”, explicou Rodrigo.
No acumulado de janeiro a maio deste ano, o volume de serviços teve expansão de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024. Já o acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 3,0% em maio de 2025, acelerou o ritmo de crescimento frente ao observado em abril de 2025 (2,7%).
REGIONAL – Em termos regionais, a menor parte (9) das 27 unidades da federação assinalou expansão no volume de serviços em maio de 2025, na comparação com abril do mesmo ano. Os destaques ficaram com São Paulo (0,8%) e Rio de Janeiro (1,8%). Em São Paulo, houve avanços mais importantes vindos de serviços financeiros auxiliares, de tecnologia da informação e de transporte rodoviário de cargas. No Rio de Janeiro, os serviços que mais cresceram foram o transporte aéreo de passageiros, logística de transporte e o transporte rodoviário municipal de passageiros.
Frente a maio de 2024, a expansão do volume de serviços no Brasil (13,6%) foi acompanhada por 21 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (5,6%), seguido por Rio de Janeiro (2,7%), Santa Catarina (5,7%), Minas Gerais (2,4%), Paraná (2,6%) e Distrito Federal (4,9%). Em sentido oposto, Rio Grande do Sul (-9,2%) liderou as perdas do mês, seguido por Bahia (-0,9%), Tocantins (-5,7%) e Pernambuco (-0,7%).
ATIVIDADES TURÍSTICAS – Em maio de 2025, o índice de atividades turísticas recuou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, após ter avançado 3,2% em abril. Com esse desempenho, o setor de turismo se encontra 12,4% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 1,1% abaixo do ápice da sua série histórica, alcançado em dezembro de 2024.
Regionalmente, 9 dos 17 locais pesquisados acompanharam este movimento de queda verificado na atividade turística nacional (-0,7%). A influência negativa mais relevante ficou com São Paulo (-2,7%), seguido por Pernambuco (-3,3%), Bahia (-1,8%) e Goiás (-4,3%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (2,3%) e Paraná (2,6%) lideraram os ganhos do turismo neste mês.
Na comparação de maio de 2025 contra maio de 2024, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 9,5%, décimo segundo resultado positivo seguido, impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo de passageiros, hotéis, serviços de bufê e serviços de reservas relacionados a hospedagens.
Dezesseis das 17 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Rio de Janeiro (22,2%) e São Paulo (6,1%), seguidos por Rio Grande do Sul (49,8%), Bahia (12,5%) e Paraná (10,6%). Em contrapartida, Minas Gerais (-1,7%) exerceu o único impacto negativo do mês.
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