Nesta sexta-feira(8) o tema discutido durante o Fórum das Cadeias Produtivas, na 52ª Expoagro Inovadora foi a olericultura, ramo da horticultura que abrange a exploração de um grande número de espécie de plantas.
Esse tema fechou o ciclo de palestras e painéis do Fórum das Cadeias Produtivas. Tendências de mercado, cultivo hidropônico, irrigação, casos de sucesso e linhas de crédito foram os temas abordados no evento técnico.
Na abertura das palestras, a diretora técnica e operacional da Central de Abastecimento de Mato Grosso (Ceasa/MT), Dolorice Moretti, destacou a importância do evento para proporcionar conhecimento aos produtores de olericultura do Estado. Segundo ela, Mato Grosso tem um potencial de produção reprimido e acaba buscando de outros Estado mais de 70% das hortaliças consumidas aqui.
“Estamos fazendo um levantamento de campo, nos 14 municípios que envolvem o Vale do Rio Cuiabá, e temos detectado que existe produção. O que está faltando, na verdade, é uma constância dessa produção. Falta tecnologia, como exemplo, a irrigação das áreas. Isso acaba sendo um empecilho, pois só produzem nas águas, na seca não produz. Isso atrapalha o mercado”, destacou Dolorice Moretti.
Na programação técnica do evento, os produtores de hortaliça, profissionais da área e estudantes tiveram a oportunidade de acompanhar a apresentação do biólogo Nesvaldo Bento de Oliveira, da Empaer/MT, sobre o cultivo hidropônico. O especialista apresentou dados, casos de sucesso e fez um comparativo entre a produção hidropônica com a tradicional. Na palestra, foram apontados os pontos favoráveis do tipo do cultivo, com seus pontos negativos.
“Mostramos ao público a tecnologia da hidropônia, que é um conceito de ponta. Hoje consegue produzir com alto rendimento, com custo mais barato que o convencional. Nos grandes pólos do Estado, por exemplo, temos bastantes produtos hidropônicos e essa é uma tendência mundial. Não se tem grande áreas para a produção olericura”, afirmou Nesvaldo de Oliveira.
O engenheiro agrícola Daniel Bertochi Carmo falou sobre as vantagens da irrigação em áreas de olericultura, especialmente, pelo fato da produção durante todo ano. “Acho inconcebível importarmos hortaliças e frutas, éramos para sermos um Estado exportador de hortaliças e frutas. Para chegar nisso, precisamos de uma central de distribuição e de estrutura de produção. Essa estrutura de produção será difundindo a tecnologia da irrigação aos pequenos e médios produtores de olericultura”, avaliou.
Na questão de mercado, a palestrante Gelsi Rosa Siviero (Embrapa) mostrou algumas tendências, apontando que os consumidores têm cobrado produtos processados, valorizado o cultivo orgânico, buscado produtos minis e os consumidores estão ligados quando a rastreabilidade dos produtos. “São tendências que estão vindo para ficar e as grandes redes já estão buscando isso dos produtores”, previu Gelsi Siviero.
Fechando o evento, foi realizado um painel voltado para linha de crédito para agropecuária com representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil, Sicredi e MT Fomento.