Nesta sexta-feira, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, afirmou que o otimismo começa a voltar ao setor privado. A avaliação foi feita depois de evento, em que empresários apresentaram uma agenda de inovação ao presidente em exercício, Michel Temer.
Segundo Andrade, pesquisas da própria CNI mostram essa evolução no otimismo. Na visão dele, há perspectivas de um “Brasil melhor” no futuro: “Isso está ligado a questão política, as soluções políticas que o Brasil têm encontrado e a melhoria do ambiente político”, afirmou.
“Agora precisamos de melhora no ambiente de negócios”, ponderou. Andrade ainda observou que a apresentação de uma meta fiscal em R$ 139 bilhões, anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, é símbolo de responsabilidade.
O valor mostra uma reversão do déficit fiscal, de R$ 170 bilhões em 2016 para R$ 139 bilhões no próximo ano. “Foi uma demonstração de responsabilidade do governo e do esforço que vai ser feito para contornar essa dificuldades”, argumentou.
Controle de despesas
Em períodos normais, o governo faria uma economia para pagar os juros da dívida e controlar a expansão dos gastos públicos. Sem poder fazer essa poupança, o governo teve de definir um limite para o déficit fiscal.
Sem a definição desse limite, dessa meta fiscal, o Brasil perderia a confiança dos investidores e as contas públicas se tornariam imprevisíveis.