A Reforma Tributária vai redesenhar a logística e o comércio exterior no Brasil, exigindo que empresas revisem suas estruturas fiscais e operacionais para se manter competitivas. Essa foi a mensagem central da palestra “Impactos da Reforma Tributária na Logística e no Comércio Exterior”, apresentada pelos especialistas Newton Novaes e João Casalatina, da Simões Pires, que hub em soluções empresariais. Eles ressaltaram que, para enfrentar o novo cenário, será fundamental integrar áreas estratégicas e investir em tecnologia.
Segundo Novaes, o país vive “a maior transformação tributária em 50 anos”, e as mudanças vão muito além da simplificação fiscal: representam uma reorganização profunda que afetará a cadeia logística, as decisões de localização de centros de distribuição e as operações internacionais. “A logística agora não é mais sobre mover mercadorias. É sobre reposicionar a estratégia tributária, comercial e operacional das empresas”.
Com o fim da guerra fiscal entre estados, as organizações terão de reavaliar suas estruturas físicas, como fábricas, armazéns e centros de distribuição, com foco na eficiência e na redução de custos. Esse novo ambiente tende a eliminar operações estruturadas apenas para aproveitar benefícios tributários, abrindo caminho para redes logísticas mais enxutas, ágeis e competitivas.
Os impactos serão diretos também no comércio exterior. A tecnologia aparece como elemento central nessa transformação. Inteligência artificial, big data e automação serão ferramentas essenciais para simular cenários, prever demanda, reorganizar malhas logísticas e apoiar a tomada de decisão com mais precisão, o que pode colocar à frente as empresas que se prepararem com antecedência.
“A Reforma Tributária não deve ser encarada apenas como um desafio, mas como uma oportunidade estratégica para quem se movimentar desde já. Ela pode se uma vantagem competitiva para quem entende de estratégia logística e tributária”, conclui Novaes. (Por Vívian Lessa)

