Receita de vendas e folha de pagamentos foram as variáveis mais afetadas nas empresas familiares, durante a pandemia da covid-19. O levantamento, feito pela KPGM e Projeto STEP, aponta que 68% líderes sul-americanos 09confirmam que a receita foi duramente afetada e o número de empregados caiu 10,3%.
O MT Econômico traz dados da pesquisa intitulada “as empresas familiares na América do Sul e a Covid-19”. A pesquisa ouviu 2.493 empresas familiares do mundo, sendo 305 da América do Sul. O objetivo foi capturar experiências e aprendizados adquiridos por essas organizações durante a pandemia.
Conforme os dados, a pesquisa revelou que 41% das empresas familiares enfrentaram a crise sanitária reduzindo ou eliminando custos operacionais e investimentos, principalmente com o corte de despesas de escritório e postergação de despesas.
“As empresas familiares tiveram que repensar estratégias de desenvolvimento e se adaptar às incertezas. Tanto no âmbito global quanto no regional, seus líderes adotaram quatro estratégias principais para amortecer os efeitos da pandemia. Essas ações incluíram, basicamente, reduzir custos trabalhistas e operacionais, diferir pagamentos, cortar investimentos e revisar a remuneração dos executivos”, afirma Jubran Coelho, sócio-líder de Private Enterprise da KPMG no Brasil e na América do Sul.
Empresas familiares do Brasil estão entre as mais prejudicadas pela pandemia na América do Sul, com 68%. Colômbia e Venezuela foram as mais afetadas, em 71% e 75%, respectivamente. Já a Argentina e Equador registram as empresas com menos danos, com 57% e 44%.
Sobre setores econômicos, as empresas familiares da América do Sul atuam principalmente com serviços (66%).
No caso de Brasil, Colômbia, Equador e Venezuela, há maior presença em serviços (52%, 68%, 65% e 76%, respectivamente), com empresas mais ligadas ao varejo, especialmente no Brasil, e no setor da construção (18%, 9%, 8% e 3%, respectivamente).
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