Além da agitação cultural valorizada pelas festas juninas, as celebrações de São João e São Pedro provocam alto impacto na economia do país, revela pesquisa inédita da Serasa. Para 67% dos habitantes do Centro-Oeste, os festejos de inverno afetam positivamente os setores de comércio e serviços das cidades e geram expectativa: 58% dos entrevistados projetam renda extra no período – 46% deles pretendem usar o dinheiro sazonal para empreender.
Produzido pelo Instituto Opinion Box, o estudo ouviu 2.306 pessoas de todas as regiões do Brasil. Entre os principais setores beneficiados, segundo os entrevistados no Centro-Oeste, estão vestuário (62%), a alimentação em bares, restaurantes e barracas de comidas típicas (61%) e o entretenimento, como shows e eventos culturais (57%).
O efeito das festas nas comunidades vai muito além das fogueiras. De acordo com 65% dos participantes da pesquisa no Centro-Oeste, há um crescimento real nas vendas do comércio local durante o mês de junho. A geração de empregos temporários (46%), valorização de produtos artesanais (42%) e o turismo são os efeitos mais visíveis da movimentação junina.
“Junho é, cada vez mais, um mês de fortalecimento das economias regionais”, define Thiago Ramos, especialista em educação financeira. “Os pequenos empreendimentos e os trabalhadores autônomos são os mais favorecidos pela geração de renda extra proporcionada pelas festas juninas, cujas celebrações só crescem”, explica.
DESPESAS COM VIAGENS – Embora as celebrações sejam mais tradicionais no Norte e Nordeste do país, a pesquisa revela que 64% dos centro-oestinos participam ativamente das festas de junho. A maioria celebra na própria cidade (48%), mas pelo menos 16% viajam para aproveitar as comemorações em outras cidades ou estados. A média de gastos nestes casos – para deslocamento, alimentação, passagens e hospedagem – ficam abaixo dos R$ 300.
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