Está valendo o mais recente anúncio de redução de preços da Petrobras. A queda vale para a gasolina e é de -R$ 0,13 no litro do combustível vendido às distribuidoras. O anúncio foi feito ontem e com a retração de 4,66%, o litro passa a custar R$ 2,66.Como a gasolina vendida nas bombas tem adição de 27% de etanol anidro, a parcela do preço da Petrobras no preço do combustível vendido nos postos de gasolina será de R$ 1,94 por litro.
Com mais essa redução de preços, é possível que o litro comercializado em postos de Cuiabá e Várzea Grande, por exemplo, retroajam para abaixo dos R$ 5. Se a previsão se confirmar, a gasolina volta a custar mais barata do que o diesel, na maior parte dos postos das duas cidades.
Até ontem, conforme monitoramento semanal do MT Econômico, na maior parte das revendas, o litro do derivado de petróleo estava na casa de R$ 5,07, R$ 5,09 a R$ 5,23, mas com registros de valor de bomba acima de R$ 5,40.
Segundo a Petrobras, caso os demais agentes da cadeia do combustível (distribuidoras e postos) mantenham os valores de suas parcelas, o preço médio ao consumidor final poderá atingir R$ 5,33 por litro, com base na última pesquisa feita pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Destaca-se que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”, diz a empresa em nota.
Leia também: Consumidores não podem cobrar repasse integral das reduções sobre gasolina e diesel
De acordo com o comunicado, “a redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino em equilíbrio com os mercados nacional e internacional”.
ATENÇÃO – A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) faz um alerta sobre a nova realidade do mercado de combustíveis e frisa que a redução ‘bruta’ anunciada pela Petrobras, pode não chegar às bombas, como espera o consumidor. Para reduzir os preços, frisa a Fecombustível, os postos dependem do que é cobrado pelas distribuidoras, que dificilmente não serão na mesma proporção dos custos das refinarias pelas características de funcionamento deste segmento. Ou seja, um terço do custo total dos combustíveis pagos pelo consumidor é referente à refinaria.
Outro importante aspecto é que a Petrobras também não é única supridora dos combustíveis, há outras refinarias privadas, cuja referência é a cotação do petróleo no mercado externo, como é o caso da Ream (Norte do país) e da Refinaria Mataripe, controlada pela Acelen (Bahia).