Abastecer com etanol hidratado a menos de R$ 3,39 durou cerca de duas semanas para cuiabanos e várzea-grandenses. A semana começou com ‘novos valores’ de bomba, que trouxeram o litro para médias de R$ 3,59 nos postos revendedores das duas cidades.
Uma pequena retração sobre os preços foi iniciada no final de maio e seguiu até o final da semana passada. Vale lembra que Mato Grosso segue em plena safra de moagem cana-de-açúcar, momento em que a pressão da oferta deveria reduzir os preços na ponta. A moagem teve início ainda na passagem de março para abril.
Como o MT Econômico vem acompanhando há mais de um mês o etanol vem apontando tendência de alta.
Maio, por exemplo, abriu com preço médio do litro do biocombustível R$ 3,62 em Mato Grosso e agora em junho, passou a uma média de R$ 3,53, conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), apurados na semana entre os dias 26 de maio e 1º de junho. O valor médio constatado no estado continua sendo o menor entre os estados brasileiros. Ainda conforme a ANP, entre os dias 9 e 15 deste mês, ou seja, até este final de semana, não foi possível captar a alta e por isso, o preço médio exibe valor de R$ 3,45.
BRASIL – Os preços médios do etanol hidratado caíram em 13 Estados, subiram em 11 e no Distrito Federal e ficaram estáveis em dois outros (Tocantins e Paraíba). Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol ficou estável em comparação com a semana anterior, em R$ 3,81 o litro.
Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 0,28% no período, de R$ 3,63 para R$ 3,64.
A maior alta porcentual na semana, de 2,05%, foi registrada em Alagoas, onde o litro passou de R$ 4,40 para R$ 4,49.
A maior queda porcentual, de 8,62%, ocorreu no Amapá, com o litro passando de R$ 4,99 para R$ 4,56.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 2,89 o litro, em São Paulo.
O maior preço, de R$ 5,99, foi registrado no Rio Grande do Sul. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,45, foi observado em Mato Grosso, enquanto o maior preço médio foi registrado em Roraima, de R$ 4,81 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País caiu 0,78%. A maior alta no período, de 3,70%, foi registrada em Alagoas. A maior queda no mês, de 8,62% foi observada no Amapá.
COMPETITIVIDADE – O etanol esteve mais competitivo em relação à gasolina em oito Estados e no Distrito Federal. Na média dos postos pesquisados no País, no período o etanol tinha paridade de 65,13% ante a gasolina, portanto favorável em comparação com o derivado do petróleo.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
O etanol era mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Acre (67,87%), Amazonas (67,72%), Goiás (65,87%), Mato Grosso (59,79%), Mato Grosso do Sul (63,84%), Minas Gerais (67,97%), Paraná (65,40%) e São Paulo (64,77%), além do Distrito Federal (66,15%).
No restante dos Estados, continua mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.