Com a recente alta dos combustíveis anunciada pela Petrobras, a gasolina em Cuiabá já ultrapassa R$ 5. Em alguns postos está sendo comercializada a R$ 5,09, com o preço médio R$ 4,98 na capital.
Essa semana o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que está trocando o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco e sua indicação é o general Joaquim Silva e Luna, ex diretor-geral da Itaipu Binacional.
A interferência política de Bolsonaro na Petrobras foi vista pelo mercado financeiro como uma ameaça à governança da empresa e livre mercado, tanto é que, da última sexta-feira (19) até essa segunda (22), a Petrobras teve uma queda expressiva das ações, desvalorizando 20%, com isso, perdendo cerca de R$ 100 bilhões do seu valor de mercado.
Ontem (24) a Petrobras recuperou parte das perdas e voltou a subir, após Bolsonaro atenuar seu ímpeto de querer controlar tudo e todos e encaminhou uma medida provisória ao Congresso sobre a possível privatização da Eletrobras, tanto esperada pelos investidores há anos.
O presidente estuda reduzir o PIS/Cofins e ICMS dos combustíveis para que haja uma diminuição no preço aos consumidores. O governo estadual de Mato Grosso discorda e não quer perder arrecadação.
Conforme noticiado pelo MT Econômico, a gasolina já acumula alta de 34% apenas em 2021. Veja mais aqui.
Opinião do MT Econômico
Ao invés de apenas reduzir a arrecadação, Bolsonaro precisa rever a política de preço dos combustíveis que é baseado no mercado internacional e dólar. O Brasil é autossuficiente na produção de combustíveis e não tem muito sentido ficar refém do que acontece lá fora.
Os brasileiros esperam cautela e prudência do presidente, pois o mercado financeiro também deve ser respeitado. Os investidores da bolsa de valores ajudam inúmeras empresas do país a financiarem seus projetos de expansão e gerarem emprego, renda, riqueza e arrecadação ao poder público. Ao contrário do que muitos pensam, a bolsa não é formada por meia dúzia de bacanas aventureiros, mas é um mercado regulado e importante no ambiente econômico do país. Medidas de intervenção na economia desestabiliza o mercado, as estatais de um modo geral e afugenta investidores, gerando insegurança jurídica.
É necessário sim, reduzir o preço dos combustíveis, mas com atitudes equilibradas e mais estudo para ter assertividade nas decisões, segundo opinião do MT Econômico.