Para quem achava que não havia mais margens para reduções se surpreendeu, e novamente de forma positiva, com os novos preços de bomba para o litro da gasolina. Em Várzea Grande, o litro é encontrado a R$ 5,39 e até por R$ 5,35, em postos localizados na Avenida Presidente Artur Bernardes, no bairro Ipase e na Avenida João Ponce de Arruda, respectivamente.
A cidade vive um período de declarada ‘guerra de preços’, que desta vez mira os valores do derivado de petróleo. Até no posto Zero KM, um dos primeiros a reduzir o litro para abaixo dos R$ 6, revisou o preço e passou de R$ 5,69 para R$ 5,45. Em geral, os preços se estabilizaram nas últimas duas semanas entre R$ 5,97 à gasolina e R$ 5,69 ao etanol. No Zero KM, o preço fixado ao biocombustível, R$ 3,55, é o mais baixo registrado pelo MT Econômico no período.
Essa nova redução de preços sobre o litro da gasolina teve início nesta semana e não reflete ainda o anúncio feito pela Petrobras, que dessa vez, reduz em R$ 0,20 o litro dessa matriz nas refinarias. Essa nova baixa é aguarda pelo mercado revendedor.
Na semana passada, o Sindipetróleo, que representa dos donos de postos do Estado, emitiu nota pontuando várias situações sobre o setor. Entre esses apontamentos está a possibilidade de essa ‘guerra de preços’ estar levando algumas revendas a comercializar o produto por um valor abaixo do que ele paga, como estratégia de não perder vendas e tentar recuperar margens com o aumento da demanda. Em razão disso, a redução autorizada pela Estatal pode não ser vista nas bombas, como forma de compensar perdas, ou se chegar à bomba, pode vir em uma proporção menor que a esperada. No entanto, o sindicato destaca que todas as reduções que forem repassadas das distribuidoras aos postos chegarão às bombas e aos consumidores. “Se o preço baixar na distribuidora, imediatamente o posto acompanha a baixa. Para os postos, quanto menor o preço, melhores são as vendas e ainda necessitam de menos capital de giro”, explica Nelson Soares Junior, diretor-executivo do Sindipetróleo.
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A REDUÇÃO – O reajuste negativo, em vigor desde ontem, fez o litro fornecido pelas refinarias da Estatal cair de R$ 4,06 para R$ 3,86. Não houve alteração no preço do diesel, cujo litro permanece em R$ 5,61 desde 18 de junho. A Petrobras afirma que a parcela de seu preço no valor pago pelo consumidor vai cair, em média, de R$ 2,96 para R$ 2,81, a cada litro vendido na bomba.
A redução do preço da gasolina é a primeira desde 15 de dezembro do ano passado. Naquele dia, a Petrobras reduziu o preço em R$ 0,10, de R$ 3,19 para R$ 3,09. Desde então, todos os reajustes aumentaram o preço do combustível.
Segundo comunicado divulgado pela empresa, “essa redução acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras“.
A estatal afirma que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repassar para os preços internos a volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.
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