De outubro de 2016 – quando houve a mudança na política de preços adotada pela Petrobras – até agosto deste ano, o preço nominal do diesel exibiu alta de 48,9% em Mato Grosso, puxado pelo dólar (+64,9%) e pela cotação internacional do barril (+51,1%), no mesmo período. O combustível, que praticamente dobrou de valor, é um dos mais importantes insumos da produção agropecuária estadual, presente em praticamente todas as etapas de produção, do plantio ao escoamento, até a chegada aos mercados consumidores. Cerca de 70%, de toda a matriz consumida anualmente no Estado, são demandados pelo setor.
O aumento da mistura de biodiesel no diesel, de 10% para 12%, também pressiona os preços do óleo diesel, conforme noticiado pelo Mato Grosso Econômico anteriormente.
Conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o preço médio do litro no Estado rompeu a casa dos R$ 4 a partir de 2021, ano em que todos os meses fecharam com médias recordes quando comparadas ao mesmo período de anos anteriores, conforme a série histórica da ANP ao Estado. Em agosto, por exemplo, o litro encerrou com média de R$ 4,946, valor inédito para o mês. Na máxima de agosto, o valor chegou a R$ 6,249 em revendas de combustível de Sorriso, a 460 quilômetros ao norte de Cuiabá. A média de agosto foi uma das quatro mais elevadas em todo País.
E a variação seguiu. O preço do diesel subiu em setembro, conforme novo reajuste da Petrobras, sendo majorado em 8,9%, após as cotações, do petróleo Brent, atingirem US$ 80,7/barril, maior valor desde outubro de 2018, na Bolsa de Londres. Com a nova alta, a média de preços em Mato Grosso, conforme a ANP, foi a R$ 5,094, rompendo mais uma casa e atingindo novo recorde de preços no período. Com a evolução, o Estado passou a ter uma das três maiores médias do País.
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