Com a redução da cotação do petróleo no mercado internacional, diminuem as pressões para novos aumentos dos combustíveis fósseis. Na segunda semana de outubro, período de 6 a 12 de outubro, com a semana anterior (29 de setembro a 05 de outubro), os preços dos principais combustíveis veiculares usados no Brasil caíram. Os recuos observados em Mato Grosso são destaques no cenário brasileiro.
Enquanto diesel e gasolina tiveram o mesmo percentual de queda (-0,38%), o etanol caiu 0,45%, se convertendo em opção vantajosa financeiramente para veículos flex em 15 unidades da federação.
Os dados são da ValeCard e eles mostram que o movimento de baixa foi observado em Mato Grosso. Os três principais combustíveis vendidos no Estado seguiram esse movimento, mas com recuos mais significativos, superando a média nacional. A maior queda está no litro do etanol hidratado, -1,23%. O diesel retraiu 1,17% e a gasolina -0,97%.
O preço da gasolina nos postos de combustíveis apresentou queda de 0,38% no em comparação com valor médio de R$ 5,967 por litro, variação negativa de R$ 0,023. Os dados mostram que as unidades federativas que registraram as maiores quedas foram Bahia (-1,04%), Rio Grande do Norte (-1,01%) e Mato Grosso (-0,97%).
Em Mato Grosso, o valor médio recuou de R$ 6,135 para R$ 6,075, o que gera retração semanal de 0,97%.
“Como não houve novos fatores a influenciar o preço da gasolina, essa pequena variação nos postos ocorreu pela concorrência com o etanol, que está vantajoso para veículos flex na maior parte do país. Para as próximas semanas o cenário é incerto, pois as cotações do petróleo Brent no mercado global podem voltar a subir, por causa das guerras no Oriente Médio e na Ucrânia, forçando a Petrobras a fazer novo reajuste”, explica Brendon Rodrigues, Head de inovação e portfólio na ValeCard.
A unidade federativa com menor preço médio do litro da gasolina foi São Paulo, a R$ 5,765, na outra ponta, o Acre apresentou a maior média, a R$ 6,834.
DIESEL – O preço do diesel nos postos de combustíveis apresentou queda de 0,38% no período valor médio de R$ 6,364 por litro, variação negativa de R$ 0,024. Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior queda foram Roraima (-2,02%), Santa Catarina (-1,27%) e Mato Grosso (-1,17%).
Em relação a Mato Grosso, o preço do litro passou de R$ 6,747 para R$ 6,668, queda de 1,17%.
“O preço do diesel está passando por um período de relativa estabilidade após ter subido muito em agosto e setembro. Até que haja um novo aumento sustentado das cotações do petróleo no mercado internacional, o que pode ocorrer por causa das guerras em curso, não deveremos observar grandes variações nos postos de combustíveis”, diz Brendon Rodrigues, Head de Inovação e Portfólio da ValeCard.
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A unidade federativa com menor preço médio foi Rio Grande do Sul, a R$ 5,907, na outra ponta, Roraima apresentou a maior média, a R$ 6,915.
ETANOL – O preço do etanol hidratado (usado diretamente como combustível veicular) nos postos de combustíveis apresentou uma queda de 0,45% com valor médio de R$ 3,746 por litro, variação negativa de R$ 0,017.
Os dados mostram que as unidades federativas que registraram a maior queda foram Maranhão (-7,91%), Sergipe (-4,39%) e Mato Grosso do Sul (-2,27%). A unidade federativa com menor preço médio foi Mato Grosso, a R$ 3,527, na outra ponta, Amazonas apresentou a maior média, a R$ 4,543.
Em Mato Grosso, o preço do biocombustível recuou 1,23%, saindo de R$ 3,571 para R$ 3,527.
“Essa foi a segunda queda semanal consecutiva do etanol nos postos, movimento causado, principalmente, pela maior produção do combustível renovável nas usinas. Com isso, nas últimas quatro semanas o preço do etanol para as distribuidoras caiu 1,25%, segundo o indicador Cepea da Esalq, redução que foi parcialmente repassada para o consumidor final”, diz Rodrigues.
A oscilação de preços influi diretamente na decisão de motoristas que possuem carros com motores flex. Segundo a ValeCard, para que o uso de etanol hidratado compense financeiramente em relação à gasolina, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, o preço do litro do combustível renovável deve ser igual ou inferior a 70% do preço do litro do combustível fóssil.
Considerando essa metodologia, na segunda semana de setembro valeu a pena abastecer com etanol nas seguintes unidades federativas: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins.