Para evitar prejuízos na lavou de milho, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) produziu nesta semana Informe Técnico, número 112/2016, sobre o controle químico de doenças fúngicas no milho.
A idéia é que os produtores possam ter o máximo de informação para entender melhor o efeito dos fungicidas para cada tipo de fungo em suas lavouras.
“O foco principal deste Informe é o controle químico, já que o produtor quer saber o que aplicar, quando e em que dosagem. Alguns grupos de fungicidas tem especificidade de controle, outros têm amplo aspecto de ação. Entramos em contato com a Embrapa Milho e Sorgo para que fossem validadas as informações contidas e ali estão elencadas as que funcionam para cada tipo ou grupo de doença, além de todos os registros autorizados para o milho presentes no mercado. Sabemos que doenças fúngicas no milho não são uma problemática unânime, nem todos têm problemas, ainda assim, elas precisam ser identificadas e realizado o manejo específico”, explica o analista de Defesa Agrícola, Eduardo Vaz.
Atualmente, de acordo com dados do primeiro Circuito Tecnológico – Etapa Milho, realizado em 2014, a incidência, de fato, não é alta. De 119 propriedades rurais visitadas, 61 não sinalizaram problemas com a ocorrência de doenças, o que corresponde a 51,2% do total.
“No entanto, mesmo os que relataram que não têm problemas com doenças, 46% deste total fazem pelo menos uma aplicação de fungicida, de maneira preventiva. Sabemos que na cultura do milho, é raro a realização de MID (Manejo Integrado de Doenças), mas ao menos hoje em dia é comum que os produtores realizem em média duas aplicações. Há três safras isso não era comum. A realidade vem mudando”, diz Vaz.
O analista ressalta, ainda, que o controle químico é apenas um dos aspectos que o produtor deve levar em consideração para a tomada de decisão. “Neste informe, por ser direcionado ao controle químico, vale ressaltar que a escolha de híbridos resistentes e um bom manejo de solo das culturas antecessoras irão reduzir sobremaneira a necessidade de intervenção química”, alerta.