Conforme Boletim Semanal de Educação Financeira do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE MT) mostra uma leve redução na projeção do IPCA para 2025, que foi de 5,18% para 5,17%, na sétima queda semanal consecutiva. Para 2026, o índice permaneceu em 4,50%. Em 2027, o índice permaneceu em 4% pela vigésima primeira semana, enquanto para 2028 a projeção ficou em 3,80%.
A expectativa do PIB para 2025 continua a 2,23%. Para 2026, a expectativa subiu de 1,86% para 1,89%. As estimativas para 2027 e 2028 permaneceram em 2%.
A previsão da Selic para este ano permaneceu em 15%%. Para 2026, a previsão segue para uma taxa de juros em 12,50% no fim do ano.
Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa para o dólar em 2025 de R$ 5,70 para R$ 5,65. A projeção do dólar para 2026 caiu de US$ 5,75 para US$ 5,70. Para 2027, a expectativa é de US$ 5,71, e 2028, US$ 5,76.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA
– Nova Tributação do LCI, LCA, CRI, CRA
A partir de 1° de janeiro de 2026, segundo a Medida Provisória (MP) nº 1.303/2025, as novas emissões de LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas, que hoje são isentas de Imposto de Renda, passarão a ser tributadas com uma alíquota fixa de 5% sobre os rendimentos. As aplicações adquiridas até dezembro de 2025 continuam isentas, preservando o benefício vigente.
O PORQUÊ E OS IMPACTOS DESSA MUDANÇA
– Uniformização tributária: Atualmente, há distorção – LCI e LCA com 0% versus outros investimentos que variam de 15% a 22,5%. A MP reduz essa diferença, mantendo os incentivos desses papéis ao aplicar uma taxa menor (5%) que o “regime geral” (17,5%).
– Impacto para o investidor: A rentabilidade líquida dessas novas emissões será menor, já que o IR passa a incidir. Especialistas indicam que os bancos terão que sugerir taxas maiores de rentabilidade para compensar a nova cobrança.
– Efeito para setores agrícola e imobiliário: Esses setores podem enfrentar elevação do custo de financiamento. Isso pode se refletir em preços mais altos para habitação e no agronegócio.
– Arrecadação federal: A XP estima R$ 18 bilhões apenas com LCI e LCA. Faz parte de um pacote fiscal que também unificou outras alíquotas – como 17,5% para CDB, Tesouro, fundos, e aumento de 20% no IR de JCP.
PONTOS QUE MERECEM ATENÇÃO
– Emission date matters: A nova tributação vale apenas para títulos emitidos a partir de 1º/1/2026. Emissões anteriores serão mantidas com isenção.
– Regulamentação futura: O caso de títulos emitidos até dezembro de 2025, mas com vencimento posterior (ex.: 2030), ainda dependerá de regulamentação específica por parte da Receita e do Banco Central.
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS
– Aproveite a janela de isenção: Em 2025, considere antecipar aportes em LCI/LCA para emissões existentes (até dezembro). Com isso, a isenção será mantida mesmo com vencimentos futuros.
– Atente-se à remuneração: A rentabilidade líquida diminui após a taxação, então compare novas ofertas com outras opções, como CDB, Tesouro Selic ou fundos.
– Avalie o custo-benefício: Em alguns casos, mesmo com 5% de IR, as LCI/LCA podem continuar compensando se oferecerem taxas de remuneração suficientemente maiores.
– Fique atento à aprovação da MP: A medida ainda precisa ser aprovada pelo Congresso; portanto, o cenário pode se ajustar até a entrada em vigor.
CONCLUSÃO
– A isenção acabou – novas LCI/LCA emitidas a partir de 2026 terão 5% de IR na fonte, enquanto as antigas seguem isentas. Isso muda o panorama da renda fixa, exigindo revisões nas escolhas de investimento e atenção à carteira. A transição preserva o estoque atual, mas é essencial estar alerta às novas emissões e compará-las com outras opções do mercado.
Elaborado por Kelliton Rodrigues/Gestão de Pessoas/Folha de Pagamento
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