Mais cedo neste ano, foi prometido que o déficit fiscal seria zerado em 2024. Faltando pouco menos de dois meses para a virada de ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o Arcabouço Fiscal e disse não achar possível que o déficit seja zerado no ano que vem.
Após essas declarações, o Mercado Financeiro projetou rombo fiscal no próximo ano de até 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB).
O presidente Lula, em reunião com ministros na última semana, criticou a meta do Arcabouço Fiscal. Após as declarações do presidente, a preocupação é que zerar o déficit em 2024 seja quase impossível.
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Enquanto isso, o governo procura uma forma de mudar a meta fiscal. A busca começou após Lula declarar não achar possível zerar o déficit fiscal em 2024.
“Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este País”, declarou o presidente mais cedo neste mês à imprensa. Desde as declarações, o Planalto busca alterar a meta fiscal de -0,25% ou -0,5%.
Com essa mudança, o governo poderia apresentar um rombo de até 0,75% devido ao intervalo de tolerância da nova regra. Entretanto, o Ministério da Fazenda está resistindo à alteração e o ministro da casa, Fernando Haddad, está postergando o assunto.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu a taxa Selic para 12,25%, na semana passada. Entretanto, caso o governo consiga realizar a mudança no Arcabouço, especialistas apontam que até 2024, a Selic estará em 10,00%.
Isso porque, além da preocupação com o Arcabouço, há também preocupação com a taxa de juros elevada nos Estados Unidos. este fator, somado às guerras que estão ocorrendo tanto na Europa, quanto no Oriente Médio tornam o mercado internacional instável.
O Brasil tendo boa parte de sua economia centrada em exportação, a instabilidade do mercado internacional afeta diretamente tanto na Selic quanto no PIB.