Mesmo com uma ‘trégua’ dada pelo tomate e pela manteiga, a cesta básica cuiabana segue 10,34% mais cara do que o registrado em maio do ano passado. O Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) divulgou o indicador da cesta básica em Cuiabá da terceira semana de maio, que trouxe um recuo de -0,85% no valor total.
A variação nominal no preço, nesta semana, foi de R$ 6,51. No entanto, o valor da cesta básica está 10,34% superior ao verificado no mesmo período de 2022, quando custava R$ 691,93. Segundo dados do IPF/MT, a queda semanal foi puxada, principalmente, pelo recuo no preço do tomate, associado a outros cinco produtos componentes da cesta.
A desvalorização do tomate, de -9,32%, pode estar relacionada ao aumento da oferta, devido à intensidade da colheita, além da maior variedade disponível do fruto, que contribuem para a queda no preço. Ainda assim, no comparativo com o mesmo período de 2022, o avanço no seu custo é de 24,37%, passando de R$ 6,74/kg para os atuais R$ 8,39 o quilo.
Outro item que contribuiu para o recuo semanal foi a manteiga, com retração de -1,32%, devido à diminuição dos insumos utilizados na produção do leite, o que leva a um custo menor no beneficiamento do produto. No entanto, o preço médio observado atualmente, de R$ 32,07/500g, está 169,08% acima do verificado no mesmo período de 2022, quando custava R$ 11,92/500gr.
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O superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, destaca os fatores para a encarecimento de itens da cesta no último ano. “A alta no preço dos produtos está pautada em fatores climáticos, aumentos nos custos de produção e fatores político-econômicos, como o conflito entre Rússia e Ucrânia. A manteiga, que apresentou forte elevação no preço, é um exemplo de alimento que depende da produção do leite e tem um bem substituto e de preço mais em conta, como a margarina”.
O arroz, que além de apresentar alta de 1,03% na variação semanal e estar custando R$ 5,86 o quilo, está 17,29% superior ao apurado também no mesmo período do ano passado. Um dos fatores para o aumento, segundo análise do IPF/MT, é a valorização do dólar, que incentiva a exportação o grão e, consequentemente, diminui a disponibilidade no mercado interno.