A Petrobras anunciou, ontem, a redução em R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02. Já o preço médio da gasolina será reduzido em R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78, valor pago pelas distribuidoras e já está em vigor.
A redução deve ampliar ainda mais a diferença de preços na bomba para os dois derivados do petróleo. Como vem acompanhando o MT Econômico – diante do noticiado com exclusividade na semana passada – pela primeira vez, o litro do diesel está mais barato que o da gasolina em vários postos de Cuiabá e Várzea Grande. Entre um derivado de petróleo e outro há uma ‘distância’ de até R$ 0,30.
Há lugares em que o litro do óleo diesel está custando R$ 5,07/R$ 5,09, como registrado em duas revendas na região da Avenida Arthur Bernardes, em Várzea Grande, na semana passada. Nos postos monitorados, a gasolina está custando entre R$ 5,59/5,23/5,37, enquanto o litro do diesel pode ser encontrado a R$ 5,09/5,07/5,17/5,99, sendo esse último, o mais caro visto pela reportagem do MT Econômico.
Em nota, a Petrobras destacou que o valor cobrado ao consumidor final nos postos é afetado por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.
“A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates à imprensa, em Brasília.
“Era hora de abrasileirar os preços dos combustíveis“, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacando que hoje é um dia de festa para o governo e para a sociedade.
GÁS DE COZINHA – A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).
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A partir de hoje, a Petrobras venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.
Conforme o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 7 e 13 deste mês, Mato Grosso passou o bastão e não detém o maior valor do Brasil para o GLP. Na semana de referência a média de preços no Estado foi de R$ 124. Os maiores preços foram registrados em Roraima, R$ 131,03, Rondônia, R$ 126,35 e no Amazonas, R$ 125,00, nessa ordem.
“Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, comentou Prates logo após se reunir com o ministro de Minas e Energia. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100.