Para o Sindipetróleo, sindicato que representa os postos de combustíveis em Mato Grosso, as reduções anunciadas pela Petrobras e que já estão em vigor, deverão chegar às bombas de forma gradual, na medida em que as revendas forem renovando seus estoques, e principalmente, repassada proporcionalmente aos percentuais recebidos. Porém, conforme monitoramento do MT Econômico e percepção do diretor do Sindipetróleo, Nelson Soares, alguns postos já reduziram o preço em Cuiabá e Várzea Grande.
Na última terça-feira, a Petrobras anunciou a redução dos preços da gasolina e diesel nas distribuidoras. A queda ocorre no mesmo dia em que a Estatal oficializou a nova política de preços com o fim do regime de paridade internacional em vigor desde 2016.
Segundo a companhia, a redução do preço da gasolina será de R$ 0,40 por litro, sendo este o preço médio de venda para as distribuidoras, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 por litro. Já o diesel para as distribuidoras terá uma redução média de R$ 0,44 por litro, passando de R$ 3,46 para R$ 3,02 por litro.
“Na medida em que as distribuidoras repassarem a redução e os postos renovarem os seus estoques, o consumidor irá sentir o preço diminuir”, acredita Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo.
Em nota, a Petrobras reforçou que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no ponto de venda “é afetado por fatores como impostos e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
A professora Rosa Maria Couto disse que não acredita em queda significativa de preços, nem pra gasolina, nem para o diesel e tão pouco ao gás de cozinha. “Há muito tempo venho usando etanol, mas ele também ficou muito caro e passei a fazer a continha pra saber se abastecer compensa. Do que tenho acompanhado, o preço da gasolina segue igual ao que estava na última sexta-feira, quando eu tinha abastecido pela última vez. Hoje to abastecendo de novo, mas mesmo contrariada com o valor do etanol, optei por ele. Mas não vi redução na gasolina”.
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O representante comercial Ivan Lara afirmou que se o anúncio da Petrobras fosse de alta de preços, “os novos valores já estariam na bomba nesta manhã, pode ter certeza. Comprando estoque novo ou não, já estaria na bomba o valor mais caro. Agora quando reduz, se vier, virá menos que o esperado e lá pela semana que vem”, lamentou.
GÁS DE COZINHA – Outra redução de preços muito aguardada pelos consumidores é a do gás do cozinha. A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP). A Estatal já está comercializando o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.
Conforme o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 7 e 13 deste mês, Mato Grosso passou o bastão e não detém o maior valor do Brasil para o GLP. Na semana de referência a média de preços no Estado foi de R$ 124. Os maiores preços foram registrados em Roraima, R$ 131,03, Rondônia, R$ 126,35 e no Amazonas, R$ 125,00, nessa ordem. Ainda assim, o valor cobrado no Estado, pelo botijão, segue acima da média nacional. Se a previsão se confirmar, será a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100, no Brasil.